Negócios

Ryanair desiste de comprar Alitalia devido a cancelamento de voos

Desistência de aquisição da companhia aérea italiana coincidiu com o anúncio de mais cancelamentos no calendário de inverno da Ryanair

Ryanair: companhia aérea irlandesa de baixo custo confirmou nesta quarta-feira que deixará de operar 25 dos 400 aviões que compõem a frota (Ian Waldie/Getty Images/Getty Images)

Ryanair: companhia aérea irlandesa de baixo custo confirmou nesta quarta-feira que deixará de operar 25 dos 400 aviões que compõem a frota (Ian Waldie/Getty Images/Getty Images)

E

EFE

Publicado em 28 de setembro de 2017 às 10h07.

Dublin - A companhia aérea irlandesa Ryanair anunciou nesta quarta-feira que desistiu de comprar a Alitalia para "se concentrar em resolver" seus problemas com o calendário de inverno, que a obrigou a cancelar mais voos nos próximos meses.

Em um comunicado, a companhia, com sede em Dublin, apontou que quer "eliminar" todas as "distrações de gestão", entre elas "o seu interesse pela Alitalia".

A desistência de aquisição da companhia aérea italiana coincidiu com o anúncio de mais cancelamentos no calendário de inverno da Ryanair, o que afetará cerca de 18 mil voos de 34 rotas e 400 mil passageiros.

Os três administradores concursais (comissários) da Alitalia, que procuram possíveis compradores para evitar a quebra da empresa, ampliaram em 21 de setembro o prazo de apresentação das ofertas vinculativas para até 16 de outubro.

Entre os interessados estava a Ryanair, como havia confirmado seu diretor-executivo, Michael O'Leary.

A companhia aérea irlandesa de baixo custo confirmou nesta quarta-feira que deixará de operar 25 dos 400 aviões que compõem a frota entre o próximo dia 17 de novembro e 18 de março de 2018.

Desta forma, indicou, será eliminado o "risco de haver mais cancelamentos", após anunciar no dia 15 de setembro a suspensão de 2.100 voos durante seis semanas, devido a um erro na distribuição das férias dos pilotos.

Segundo a Ryanair, isto afetará "menos de um voo diário" de sua rede de 200 aeroportos durante o período de cinco meses.

Além disso, ressaltou a companhia, "muitos desses voos ainda não têm reservas".

A Ryanair também comunicou que a partir de abril de 2018, quando sua frota aumentará para 445 aeronaves, operará dez aviões a menos para continuar aliviando a pressão sobre os seus funcionários.

A redução do calendário de voos no inverno e a partir de abril do ano que vem permitirá à Ryanair "elaborar os quadrantes" com "as férias restantes" dos pilotos durante outubro, novembro e dezembro.

"Iniciaremos um novo período anual de férias em 1º de janeiro de 2018 que seguirá as normas da União Europeia e da IAA (Autoridade de Aviação Irlandesa)", acrescentou nesta quarta-feira O'Leary.

Acompanhe tudo sobre:AlitaliaAviaçãocompanhias-aereasRyanair

Mais de Negócios

Esta marca brasileira faturou R$ 40 milhões com produtos para fumantes

Esse bilionário limpava carpetes e ganhava 3 dólares por dia – hoje sua empresa vale US$ 2,7bi

Os 90 bilionários que formaram a 1ª lista da Forbes — três eram brasileiros

Eles estudaram juntos e começaram o negócio com R$ 700. Agora faturam R$ 12 milhões