Extração de petróleo: a Rosneft disse que não está em negociações sobre a obtenção de um empréstimo da China (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2013 às 12h59.
Moscou - O presidente da Rosneft, maior produtora de petróleo da Rússia, Igor Sechin, deu início a negociações na China sobre a possibilidade de aumentar o fornecimento para o segundo maior país consumidor de energia, disse a empresa russa.
Na semana passada, fontes do setor disseram à Reuters que a Rosneft buscava empréstimo de até 30 bilhões de dólares junto à CNPC, empresa estatal chinesa, em troca da duplicação do fornecimento de petróleo, fazendo de Pequim o maior consumidor de petróleo russo, e diversificando o fornecimento além da Europa.
A Rosneft disse que não está em negociações sobre a obtenção de um empréstimo da China.
A empresa disse no domingo que Sechin, um poderoso aliado do presidente russo Vladimir Putin, reuniu-se com o vice-premiê chinês Wang Qishan, em Pequim.
"Os lados têm discutido um amplo leque de questões sobre o aumento da oferta de petróleo para a República Popular da China, bem como a participação das empresas em conjunto nas áreas de upstream e downstream, tanto na Rússia como a China", disse a Rosneft em um comunicado.
A Rússia, maior produtor mundial de petróleo e segundo maior exportador depois da Arábia Saudita, já está fornecendo à China 300 mil barris por dia de petróleo por meio de um oleoduto.
Uma duplicação das entregas para a China iria aumentar as exportações da Rússia para a Ásia em mais de um quinto de suas exportações totais.
A Rosneft também disse que Sechin ofereceu estudar uma possível parceria com a China no desenvolvimento de gás natural liquefeito (GNL), depois que a empresa e a gigante americana ExxonMobil concordaram na semana passada em considerar a construção de uma planta de GNL na ilha do Pacífico de Sakhalin.
Nos próximos dois dias de sua visita, Sechin vai se reunir com funcionários da CNPC e Sinopec, disse a Rosneft.