Roberto Lima deve permanecer na Vivo, aposta mercado
Dúvida é se o executivo saberá lidar com a maior influência da Telefônica nos negócios
Tatiana Vaz
Publicado em 3 de maio de 2011 às 20h56.
São Paulo - Na opinião dos consultores entrevistados pelo site EXAME, ainda é cedo para apontar as mudanças de gestão estratégica que a Vivo deve sofrer, agora que será totalmente controlada pela Telefônica. Mas a expectativa é de que Roberto Lima, atual presidente da operadora, deva sim continuar liderando a área de telefonia móvel dentro da nova estrutura.</p>
"Ele lidou com os desafios da operadora desde sua criação, trouxe bons resultados e conhece bem a empresa", diz Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco. "Não há motivo para que ele seja substituído". Antônio Carlos Valente, atual presidente da Telefônica, também continuaria no mesmo cargo, prevêem os analistas.
De qualquer forma, a gestão da Vivo deve ficar muito mais espanhola do que brasileira a partir de agora. Pelo menos é nisso que acredita Virgílio Freire, consultor e especialista em telecomunicações.
"Na época da compra do controle da Telesp, a Telefônica enviou diversos consultores espanhóis para acompanhar de perto os executivos de alto escalão que comandariam a empresa no Brasil", diz Freire. "Algo bem semelhante deve acontecer na Vivo nos próximos três anos".
De acordo com o Freire, a operadora contará com espanhóis infiltrados na companhia com liberdade de tomadas de decisão em diversas áreas. Mas, depois da forte disputa com a Portugal Telecom pelo controle da Vivo, e diante do potencial de negócios do mercado brasileiro, não se poderia esperar que a Telefônica tratasse à distância a nova controlada.