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"Risco Requião" volta a assustar o mercado

Governador do Paraná decidiu não repassar reajuste sobre energia da Copel ao consumidor; ações despencam

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

O dia não está dos melhores para o Ibovespa, principal índice de referência da bolsa brasileira, que caía 1,17%% às 14h59. As ações preferenciais da Copel (CPLE6), porém, intensificavam a baixa e, ao mesmo tempo, apresentavam forte desvalorização de 5,22%, sendo cotadas a 27,96 reais.

O fraco desempenho dos papéis da companhia veio em resposta à afirmação de Roberto Requião, governador do Paraná, de que a Copel não repassará para a conta de luz o aumento de tarifas que deve ser autorizado pela Aneel no dia 24.

"Em razão da crise que assola globalmente a economia, a diretoria da Copel, por orientação do acionista majoritário, recomendou que, neste momento, o reajuste tarifário tenha efeito nulo para o consumidor", confirmou a empresa em comunicado oficial.

A decisão foi considerada negativa pela corretora Ativa, apesar de não acreditar que o fato chegue a surpreender o mercado. Segundo seu relatório, os efeitos serão sentidos nos preços dos papéis em curto prazo, além de elevarem a percepção de risco do investidor que iniciava a precificação de uma recuperação da gestão da estatal.

Fora isso, a equipe ressaltou que a geração de caixa que aconteceria entre 2009 e 2010 foi adiada e que o reajuste não repassado aos consumidores será acumulado em ativo regulatório a ser compensado.

Para os analistas, a decisão de agora lembra um episódio ocorrido em junho de 2003, quando houve um reajuste tarifário de 25,27% pela Aneel, mas sem que a Copel repassasse prontamente. Alguns meses mais tarde, em janeiro de 2004, 15% foram repassados apenas e o restante do reajuste veio em junho.
 

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