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Rhodia e DSM têm bom lucro operacional, mas previsões divergem

PARIS/AMSTERDÃ (Reuters) - Previsões divergentes dos grupos do setor químico Rhodia e DSM fizeram a diferença nesta quarta-feira, quando as duas companhias reportaram sólidos lucros operacionais no quarto trimestre de 2009.   As ações da francesa Rhodia avançaram 4,62 por cento, depois que a empresa disse que vai elevar de forma significativa sua geração de […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

PARIS/AMSTERDÃ (Reuters) - Previsões divergentes dos grupos do setor químico Rhodia e DSM fizeram a diferença nesta quarta-feira, quando as duas companhias reportaram sólidos lucros operacionais no quarto trimestre de 2009.

As ações da francesa Rhodia avançaram 4,62 por cento, depois que a empresa disse que vai elevar de forma significativa sua geração de caixa em 2010.

As ações da holandesa DSM caíram 5,42 por cento, após a companhia ter fornecido uma projeção cautelosa e vaga, alertando para riscos ao crescimento da economia.

A Rhodia informou que deve retomar o pagamento de dividendos, visto que seu Ebitda recorrente (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) deverá ser até 35 por cento superior ao registrado em 2009. A companhia tem como objetivo a redução de custos fixos em 130 milhões de euros, voltando aos níveis vistos em 2008.

"O quarto trimestre foi excelente e as expectativas para 2010 são positivas", disse a CM-CIC Securities em relatório. "A exposição a mercados emergentes e a disciplina operacional favorecem a companhia."

No último trimestre, a Rhodia registrou Ebitda recorrente de 200 milhões de euros, número que supera previsões da própria companhia de algo acima de 160 milhões de euros.

A companhia francesa está presente no Brasil desde 1919 e possui cinco unidades industriais, todas no Estado de São Paulo, além de um de seus cinco centros de pesquisa e desenvolvimento em todo o mundo, localizado em Paulínia (SP).

A DSM também apresentou bons resultados operacionais, e o lucro antes de juros e impostos (Ebit, na sigla em inglês) de operações contínuas totalizou 141 milhões de euros, incentivado pelo aumento da demanda. O resultado ficou levemente acima da previsão da própria companhia de até 139 milhões de euros.

"Vemos um modesto e lento crescimento na Europa e América do Norte, talvez um pouco mais nos Estados Unidos, e um crescimento mais acentuado em mercados emergentes como China, Índia e América Latina", afirmou o presidente-executivo da DSM, Feike Sijbesma, a jornalistas.

Entretanto, mesmo na China a DSM prevê que somente irá chegar perto da meta de 1,5 bilhão em vendas anuais, aumentando a perspectiva de o número poder ficar abaixo do ambicioso objetivo.

A DSM também teve um inesperado prejuízo líquido trimestral de 60 milhões de euros devido à redução do valor de ativos em 166 milhões de euros.

Assim como a Rhodia, a DSM está presente no Brasil, por meio da DSM Elastomeros Brasil, a DSM NeoResins e a DSM Produtos Nutricionais Brasil.

Mesmo com outras companhias do setor químico mostrando melhorias no quarto trimestre, a AkzoNobel e a Solvay disseram na semana passada que esperam dificuldades por conta de incertezas sobre a recuperação da economia. A Basf divulgará seu resultado na quinta-feira.

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