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"Retomar reformas será essencial para o país", diz Michael Klein

"Qualquer um, mesmo esses candidatos, priorizará o desemprego dos três milhões de pessoas", disse sobre as eleições

Michael Klein, das Casas Bahia (Germano Lüders/EXAME.com/Exame)

Michael Klein, das Casas Bahia (Germano Lüders/EXAME.com/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de agosto de 2018 às 16h25.

Sem participar ativamente dos movimentos empresariais em torno de projetos políticos para 2019, Michael Klein defende um governo que aprove a reforma da Previdência e tenha um plano de longo prazo. Para o acionista da Via Varejo - sua família detém fatia de 25% - e fundador da empresa de aviação Icon, o próximo presidente deverá priorizar a redução do desemprego. 

O sr. tem participado de encontros com candidatos ou de movimentos políticos como o Brasil 200, do Flávio Rocha (presidente da Riachuelo), e o Renova Brasil, do Eduardo Mufarej (do fundo Tarpon)?

Não. Quando existe algum convite para uma apresentação do candidato, a gente vai, até para nos posicionarmos para 2019 e sabermos o que cada um está prometendo. A gente participou de um evento (organizado pelo BTG) em que compareceram Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB), Álvaro Dias (Podemos) e Ciro Gomes (PDT). 

Do que já foi apresentado, qual projeto seria positivo para 2019?

Seria a aprovação das reformas que não foram aprovadas neste ano a da Previdência e uma reforma fiscal. Todos (os candidatos) têm falado de trabalhar com o Congresso para que as coisas sejam aprovadas e a gente possa ter um rumo de longo prazo. 

O sr. já tem candidato?

Por empresa, somos apolíticos, apartidários. Vamos ver qual candidato vai se eleger, suas promessas e, delas, o que ele poderá cumprir, o que será factível.

O sr. já definiu o voto?

Não. Não tem como definir agora. E o voto é secreto.

Essa semana, as pesquisas apontaram Lula e Bolsonaro liderando. Dependendo do resultado, a economia pode continuar patinando em 2019?

Não acredito. Qualquer um, mesmo esses candidatos, priorizará o desemprego dos três milhões de pessoas que deixaram o mercado de trabalho e estão a procura de emprego. 

Em 2016, o sr. disse ao jornal O Estado de S. Paulo que era melhor que a então presidente, Dilma Rousseff, saísse do governo por não ter a maioria do Congresso. O presidente Michel Temer conseguiu passar a reforma trabalhista e depois, com o escândalo da JBS, tudo parou. O impeachment foi a melhor saída?

Acredito que sim. Passado um tempo, ela viu que não conseguiria dar continuidade ao trabalho dela. Então, foi a melhor solução. O País evoluiu nos últimos dois anos. Temer fez, dentro do possível, o que ele tinha condições de aprovar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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