EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
Os resultados da Ambev no terceiro semestre deste ano não foram bons, avalia a corretora Ativa. A cervejaria anunciou pressões de custos nas operações internacionais que prejudicaram o resultado global, classificado como "marginalmente negativo" pela corretora.
“Devido a pressões de custos nas operações internacionais, a margem bruta consolidada caiu 0,8 ponto percentual, em relação ao mesmo período do ano passado. O Ebitda [lucro antes de impostos e amortizações] cresceu 6,4% no trimestre frente ao mesmo trimestre do ano passado e sua margem Ebitda teve queda de 1,2 ponto percentual na mesma base de comparação”, dizem os analistas.
O “destaque negativo” ficou por conta das operações na Argentina e Chile, “que mostraram fortes quedas de margens bruta e Ebitda [lucro antes de impostos e amortizações], apesar dos aumentos significativos de volumes e receitas". No caso do Canadá, "os volumes apresentaram mais um trimestre de baixo crescimento, o que, combinado com as pressões de custos prejudicou bastante o resultado”.
A corretora também vê dificuldades nas operações brasileiras. “Apesar de a AmBev estar conseguindo manter suas margens praticamente estáveis na operação Brasil, o crescimento de volume de cerveja continua bastante prejudicado pelos efeitos do clima e da inflação de alimentos”, afirma. A Ativa classificou a elevação de volume de 1,1% como “inexpressivo”.
O “destaque positivo” da cervejaria ocorreu no lucro líquido: 949 milhões de reais, contra 590 milhões de reais no terceiro trimestre do ano passado, o que representa um aumento de 60,9%. No entanto, o resultado foi influenciado por ganhos com instrumentos derivativos de 301,8 milhões de reais e por uma variação cambial positiva sobre financiamentos de 342,8 milhões de reais.
A corretora prevê melhor um desempenho da AmBev no final do ano. “Acreditamos que a AmBev possa apresentar um melhor resultado no quarto trimestre de 2008, que é sazonalmente mais forte do que o terceiro para a operação do Brasil, com um aumento mais forte de volumes e algum alívio de custos relativos a commodities.”