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Resultado financeiro da JBS é negativo em R$ 869,3 mi

Houve uma alta de 1.001% ante o valor negativo de R$ 78,215 milhões do mesmo período de 2013


	Frigorífico da JBS do Brasil: o endividamento bruto da companhia ao final de março era de R$ 32,375 bilhões, queda de 1,2%
 (AFP)

Frigorífico da JBS do Brasil: o endividamento bruto da companhia ao final de março era de R$ 32,375 bilhões, queda de 1,2% (AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2014 às 09h24.

São Paulo - A empresa de alimentos JBS apresentou um resultado financeiro líquido consolidado negativo de R$ 869,3 milhões no primeiro trimestre, alta de 1.001% ante o valor negativo de R$ 78,215 milhões do mesmo período de 2013.

Conforme a companhia explica em relatório de resultados, as despesas líquidas maiores vieram do custo de carregamento de hedge, que foi de R$ 270 milhões, além do efeito negativo do câmbio nos débitos.

O resultado das variações cambiais ativas e passivas foi positivo em R$ 629 milhões, mas o resultado financeiro com derivativos foi negativo em R$ 902,7 milhões.

A JBS ainda menciona que os juros passivos ficaram negativos em R$ 694 milhões, compensados parcialmente pelos juros ativos positivos de R$ 138,6 milhões.

O endividamento bruto da companhia ao final de março era de R$ 32,375 bilhões, queda de 1,2% ante a cifra de R$ 32,761 bilhões do encerramento de dezembro de 2013.

Do total, R$ 9,346 bilhões, ou 29%, têm vencimento no curto prazo (queda de 0,9%) e R$ 23,028 bilhões, ou 71%, no longo prazo, diminuição de 1,3% na mesa base de comparação.

No final do período, 76% da dívida consolidada da JBS era denominada em dólares americanos e possuía um custo médio de 5,78% ao ano. O porcentual da dívida em reais, 24% da dívida consolidada, apresentou um custo médio de 11,38% ao ano.

A dívida líquida da JBS totalizou R$ 23,679 bilhões ao final de março, leve recuo de 0,3% ante a de R$ 23,748 bilhões do encerramento de dezembro. O grau de alavancagem - medido pela relação entre dívida líquida e Ebitda - ficou em 3,26x ante 3,7x do quarto trimestre e 3,4x do primeiro trimestre do ano passado.

"A redução da dívida líquida/Ebitda decorre do aumento do Ebitda nos últimos 12 meses graças ao bom desempenho da Pilgrim's Pride e suínos nos Estados Unidos, somado ao resultado da JBS Foods", explicou a empresa.

O documento ressalta que a tendência é de queda na alavancagem à medida que os resultados da JBS Foods forem incorporados ao Ebitda dos últimos 12 meses.

A JBS explicou, em seu relatório de resultados, que não gerou fluxo de caixa livre ao acionista no primeiro trimestre, devido aos investimentos realizados no período.

De janeiro a março, a companhia aportou R$ 711,1 milhões, sendo cerca de 40% para aquisições de empresas e ativos como a empresa de aves Frinal, o complexo de ativos biológicos no Estado do Paraná e a unidade frigorífica do Kaiowá, em leilão judicial.

Já os outros 60% foram destinados à expansão da empresa em produtos de valor agregado e na ampliação da plataforma de distribuição. Na América do Norte, os investimentos se concentraram na modernização do parque industrial.

Entretanto, a geração de caixa das atividades operacionais da JBS consolidada foi positiva em R$ 504,642 milhões ante R$ 58,587 milhões do primeiro trimestre de 2013.

O caixa e disponibilidades da companhia era de R$ 8,696 bilhões ao final de março, queda de 3,5% frente a de R$ 9,013 bilhões em 31 de dezembro de 2013.

Considerando as linhas de crédito de liquidez imediata de US$ 1,55 bilhão da JBS USA, as disponibilidades da companhia equivalem a mais de 100% da dívida de curto prazo.

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