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Publicado em 14 de março de 2024 às 10h00.
Última atualização em 25 de junho de 2024 às 15h42.
Quitar as dívidas é uma preocupação para mais de 66 milhões de brasileiros. Este é o número de inadimplentes no país, segundo levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o que representa mais de 40% da população.
O cidadão que faz parte dessa estatística sofre uma série de restrições, por isso renegociar os valores devidos o mais breve possível é tão importante.
O consumidor negativado, além de ser impedido de contratar diversos serviços, como uma simples telefonia pós-paga, deixa de ter acesso a praticamente todas as modalidades de crédito.
“Desde algo para uso cotidiano, como um cartão, até para realizar um sonho, como um empréstimo para reformar a casa ou um financiamento para adquirir um veículo”, esclarece Danilo Letaif, Superintendente Executivo de Recuperação de Crédito do Banco PAN. “No caso de atraso em dívidas com garantia (de um veículo ou imóvel, por exemplo), o consumidor ainda corre o risco de perder o bem”, acrescenta.
O melhor caminho para sair da inadimplência é sempre procurar diretamente o credor em busca de novas condições de pagamento. Normalmente, as empresas disponibilizam canais digitais para que a pessoa possa fazer um acordo online sozinho e, se preferir, também pode falar com um atendente por telefone ou chat.
“De forma geral, os credores têm interesse em negociar. Pode ser um prazo mais longo, uma redução de taxa ou algum desconto”, ressalta Letaif.
No caso do PAN, o cliente pode renegociar as dívidas pelo Whatsapp (11) 4003-0101 ou 100% online pela plataforma Renegocie, um programa específico da instituição para tratar do assunto.
Se o consumidor está devendo para vários credores ou se as dívidas têm juros mais altos, outro caminho que pode ser interessante é fazer um empréstimo para liquidar os valores anteriores e passar a dever somente para o banco a partir de então.
“Entretanto, essa estratégia só vale a pena se for um empréstimo com juros menores e com mais prazo para pagar, como consignado e com garantia de veículo ou imóvel”, explica Letaif. Caso contrário, será apenas trocar uma dívida por outra, que dependendo das condições pode acabar sendo ainda mais alta no fim das contas.
Antes de procurar o credor para acertar novas condições de pagamento da dívida, é essencial avaliar se é o momento certo para isso. Afinal, depois de fechado, o acordo precisa ser cumprido em dia, senão o nome do consumidor volta a ficar sujo.
Você terá realmente capacidade de arcar com o que foi firmado? As parcelas cabem dentro do seu orçamento mensal? Quais são as taxas de juros envolvidas? Essas são algumas questões que devem ser consideradas.
A proximidade do vencimento da dívida também importa: se estiver prestes a vencer e você não tem o valor agora, para evitar a inadimplência, pode ser uma boa hora para renegociar.
Caso tenha planos financeiros significativos pela frente, como um financiamento imobiliário, também é o momento de deixar o nome limpo. Afinal, o crédito não será liberado se você constar como inadimplente.
O especialista do PAN recomenda que, se houver disponibilidade para quitação da dívida à vista, essa é a melhor opção. “Vale consultar as condições com o credor nesse caso, pois os descontos tendem a ser maiores”, diz.
Porém, caso seja necessário parcelar o pagamento, é essencial buscar na negociação uma parcela que seja sustentável pelo período combinado, considerando que as contas do mês vão continuar chegando e gastos inesperados podem aparecer ao longo do tempo.
Renegociadas as dívidas, tão importante quanto honrar o pagamento do acordo, é adotar uma mudança de postura e de hábitos financeiros. “Evite o imediatismo nas compras, buscando planejar com antecedência, especialmente quando o objetivo for um bem ou serviço de valor mais elevado”, aconselha Letaif.
O caminho é monitorar continuamente os gastos para não exceder a sua renda e, se possível, separar uma parte do que ganha para investir. Assim, você vai juntando o valor necessário para comprar o que deseja e evita entrar nessa situação novamente.
“Se não der para esperar, considere buscar uma opção de crédito que se adeque à sua situação, mas priorizando as modalidades que oferecem taxas menores e prazos maiores para pagamento do que a dívida original”, finaliza o superintendente do Banco PAN.