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Relação entre Cosan e ALL não ira mudar, diz Lutz

Segundo CEO da companhia de energia, relações continuam as mesmas mesmo com o fim das negociações para aquisição de ações da ALL

Cosan no Porto de Santos: companhia pôs fim às negociações para compra de uma participação na ALL sem que um acordo fosse fechado (Andrew Harrer/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 17h50.

São Paulo - A relação operacional entre a Cosan e a ALL América Latina Logística permanece a mesma apesar da decisão da empresa de energia de encerrar as negociações para aquisição de ações da ALL, afirmou o presidente-executivo da Cosan nesta quarta-feira.

"Não tem alteração na relação. A Rumo (subsidiária de logística da Cosan) é parceira de longo prazo da ALL. As duas companhias vão conviver no longuíssimo prazo", afirmou Marcos Lutz, em teleconferência para falar sobre a decisão, em referência a controlada Rumo Logística.

A Cosan anunciou na manhã desta quarta-feira que pôs fim às negociações para compra de uma participação na ALL, que opera ferrovias, sem que um acordo fosse fechado. O negócio, que foi anunciado no início do ano passado, tinha valor estimado de quase 900 milhões de reais.

Lutz não quis especificar o motivo do fracasso das negociações, mas afirmou que ao final, o negócio já não criava valor para a Cosan.

"O (que deu) errado não foi um ponto. No final, passou a não ser um negócio que criasse valor para a Cosan. Foi decisão dura, mas todo mundo estava perdendo o foco", disse.

Questionado sobre o cumprimento dos contratos pela ALL, o executivo afirmou acreditar que, no longo prazo, a empresa de ferrovia voltará a cumprir com os volumes contratados para escoamento de açúcar.

No fim de junho, a gigante do setor de açúcar e etanol disse que a ALL não estava cumprindo com os volumes, acusando a operadora ferroviária de dar prioridade aos embarques de grãos em detrimento do açúcar.

"Não consigo olhar um cenário onde no longo prazo a ALL não atenderá nosso contrato operacionalmente. É uma questão de atrasos e construção de capacidade. Acredito que a ALL trará sim o seu nível de serviço para atendimento de 100 por cento do volume em contrato", afirmou.


Comprometimento com Infraestrutura

O executivo da Cosan aproveitou para ressaltar que o fim das negociações para aquisição de ações da ALL não implica em mudança na intenção de investir no segmento de infraestrutura.

"Hoje temos projeto comprometido na área de infraestrutura e logística. Hoje temos oportunidade ampla em portos. Ontem saiu pacote grande de licitações, estamos com time engajado nisso", afirmou Lutz.

Sobre a possibilidade de atuar como operadora de ferrovias, o executivo ressaltou que a empresa considera a possibilidade, mas disse que ainda é cedo para uma definição.

"A gente acha que é uma oportunidade a ser estudada, mas tem muita coisa ainda a ser detalhada. Um operador independente precisa de via independente, e hoje não tem via independente", ressaltou.

Nesta quarta-feira, representantes da Cosan e de outras gigantes do agronegócio participaram de reunião com o governo federal para discutir os projetos de ferrovias, segundo afirmou à Reuters o ministro dos Transportes, César Borges.

No novo modelo de concessão de ferrovias, que valerá para os 12 trechos, há a previsão da separação entre via e transporte. Assim, um concessionário cuidará da construção da estrutura da ferrovia e cuidará de sua manutenção. O governo vai, então, comprar a capacidade de carga e vendê-la a transportadores interessados. Atualmente, as concessionárias de vias também operam os trens.

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São Paulo - A relação operacional entre a Cosan e a ALL América Latina Logística permanece a mesma apesar da decisão da empresa de energia de encerrar as negociações para aquisição de ações da ALL, afirmou o presidente-executivo da Cosan nesta quarta-feira.

"Não tem alteração na relação. A Rumo (subsidiária de logística da Cosan) é parceira de longo prazo da ALL. As duas companhias vão conviver no longuíssimo prazo", afirmou Marcos Lutz, em teleconferência para falar sobre a decisão, em referência a controlada Rumo Logística.

A Cosan anunciou na manhã desta quarta-feira que pôs fim às negociações para compra de uma participação na ALL, que opera ferrovias, sem que um acordo fosse fechado. O negócio, que foi anunciado no início do ano passado, tinha valor estimado de quase 900 milhões de reais.

Lutz não quis especificar o motivo do fracasso das negociações, mas afirmou que ao final, o negócio já não criava valor para a Cosan.

"O (que deu) errado não foi um ponto. No final, passou a não ser um negócio que criasse valor para a Cosan. Foi decisão dura, mas todo mundo estava perdendo o foco", disse.

Questionado sobre o cumprimento dos contratos pela ALL, o executivo afirmou acreditar que, no longo prazo, a empresa de ferrovia voltará a cumprir com os volumes contratados para escoamento de açúcar.

No fim de junho, a gigante do setor de açúcar e etanol disse que a ALL não estava cumprindo com os volumes, acusando a operadora ferroviária de dar prioridade aos embarques de grãos em detrimento do açúcar.

"Não consigo olhar um cenário onde no longo prazo a ALL não atenderá nosso contrato operacionalmente. É uma questão de atrasos e construção de capacidade. Acredito que a ALL trará sim o seu nível de serviço para atendimento de 100 por cento do volume em contrato", afirmou.


Comprometimento com Infraestrutura

O executivo da Cosan aproveitou para ressaltar que o fim das negociações para aquisição de ações da ALL não implica em mudança na intenção de investir no segmento de infraestrutura.

"Hoje temos projeto comprometido na área de infraestrutura e logística. Hoje temos oportunidade ampla em portos. Ontem saiu pacote grande de licitações, estamos com time engajado nisso", afirmou Lutz.

Sobre a possibilidade de atuar como operadora de ferrovias, o executivo ressaltou que a empresa considera a possibilidade, mas disse que ainda é cedo para uma definição.

"A gente acha que é uma oportunidade a ser estudada, mas tem muita coisa ainda a ser detalhada. Um operador independente precisa de via independente, e hoje não tem via independente", ressaltou.

Nesta quarta-feira, representantes da Cosan e de outras gigantes do agronegócio participaram de reunião com o governo federal para discutir os projetos de ferrovias, segundo afirmou à Reuters o ministro dos Transportes, César Borges.

No novo modelo de concessão de ferrovias, que valerá para os 12 trechos, há a previsão da separação entre via e transporte. Assim, um concessionário cuidará da construção da estrutura da ferrovia e cuidará de sua manutenção. O governo vai, então, comprar a capacidade de carga e vendê-la a transportadores interessados. Atualmente, as concessionárias de vias também operam os trens.

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