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Receita da Nokia com celulares cai 40% no semestre

Receita líquida da empresa como um todo caiu 29% em um ano, para € 7,35 bi

Reestruturação e o esforço em se reposicionar no mercado de smartphones com a linha Lumia e o uso do Windows Phone ainda não surtiram o efeito desejado (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2012 às 12h33.

São Paulo - O inferno astral da Nokia parece não ter fim. Os resultados financeiros do primeiro trimestre, divulgados nesta quinta-feira, 19, foram negativos em quase todos os aspectos. A receita líquida da empresa como um todo caiu 29% em um ano, baixando de 10,4 para 7,35 bilhões de euros.

Se um ano atrás a Nokia registrara lucro operacional de 439 milhões de euros, no primeiro trimestre de 2012 a companhia teve prejuízo operacional de 1,34 bilhão de euros. O CEO da Nokia, Stephen Elop, atribuiu o mal resultado ao período de transição que a empresa vive e ao fato de terem enfrentado desafios competitivos maiores que os esperados.

A reestruturação da companhia e seu esforço de marketing em se reposicionar no mercado de smartphones com a linha Lumia e o uso do Windows Phone ainda não surtiram o efeito desejado. Pelo contrário, o mau desempenho do segmento de telefones celulares é o que mais chama a atenção no balanço. A receita líquida da Nokia com terminais e serviços no primeiro trimestre desabou 40% em comparação com o mesmo período de 2011, baixando de 7,09 para 4,25 bilhões de euros.

O resultado operacional dessa área, que fora de 729 milhões de euros no primeiro trimestre do ano passado, agora representou um prejuízo de 219 milhões de euros. Nesse mesmo intervalo, o volume de unidades vendidas pela Nokia diminuiu 24%, caindo de 108,5 para 82,7 milhões de aparelhos.

O desempenho foi pior entre smartphones: a receita caiu 52% (de 3,5 para 1,7 bilhão de euros) e o volume de unidades vendidas diminuiu 51% (de 24,2 para 11,9 milhões). Elop disse que a linha Lumia vem desempenhando bem em vendas nos EUA, mas não em outros mercados relevantes, como a Inglaterra.

No segmento de aparelhos de gamas baixa e média, a receita caiu 32% (de 3,4 para 2,3 bilhões de euros) e o volume de unidades foi reduzido em 16% (de 84,3 para 70,8 milhões). Neste caso, o CEO da Nokia comentou que está havendo uma transformação do mercado, pois os feature phones tradicionais estão enfrentando a competição em preços de modelos full touch. Ele prometeu redesenhar a linha de terminais Série 40 da empresa.

Infraestrutura

A Nokia Siemens Networks, braço de infraestrutura de rede da companhia, teve uma receita líquida de 2,95 bilhões de euros, o que representa uma queda de 7% frente ao primeiro trimestre de 2011. Essa área foi responsável pela maior parte do prejuízo operacional da Nokia no período, tendo respondido por um resultado negativo de 1 bilhão de euros (um ano antes o prejuízo fora de 142 milhões).

A área de localização e comércio foi a única a registrar aumento da receita em comparação com o mesmo período do ano passado, tendo crescido 19% e alcançado 277 milhões de euros. Ainda assim, registrou prejuízo operacional de 94 milhões de euros.

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São Paulo - O inferno astral da Nokia parece não ter fim. Os resultados financeiros do primeiro trimestre, divulgados nesta quinta-feira, 19, foram negativos em quase todos os aspectos. A receita líquida da empresa como um todo caiu 29% em um ano, baixando de 10,4 para 7,35 bilhões de euros.

Se um ano atrás a Nokia registrara lucro operacional de 439 milhões de euros, no primeiro trimestre de 2012 a companhia teve prejuízo operacional de 1,34 bilhão de euros. O CEO da Nokia, Stephen Elop, atribuiu o mal resultado ao período de transição que a empresa vive e ao fato de terem enfrentado desafios competitivos maiores que os esperados.

A reestruturação da companhia e seu esforço de marketing em se reposicionar no mercado de smartphones com a linha Lumia e o uso do Windows Phone ainda não surtiram o efeito desejado. Pelo contrário, o mau desempenho do segmento de telefones celulares é o que mais chama a atenção no balanço. A receita líquida da Nokia com terminais e serviços no primeiro trimestre desabou 40% em comparação com o mesmo período de 2011, baixando de 7,09 para 4,25 bilhões de euros.

O resultado operacional dessa área, que fora de 729 milhões de euros no primeiro trimestre do ano passado, agora representou um prejuízo de 219 milhões de euros. Nesse mesmo intervalo, o volume de unidades vendidas pela Nokia diminuiu 24%, caindo de 108,5 para 82,7 milhões de aparelhos.

O desempenho foi pior entre smartphones: a receita caiu 52% (de 3,5 para 1,7 bilhão de euros) e o volume de unidades vendidas diminuiu 51% (de 24,2 para 11,9 milhões). Elop disse que a linha Lumia vem desempenhando bem em vendas nos EUA, mas não em outros mercados relevantes, como a Inglaterra.

No segmento de aparelhos de gamas baixa e média, a receita caiu 32% (de 3,4 para 2,3 bilhões de euros) e o volume de unidades foi reduzido em 16% (de 84,3 para 70,8 milhões). Neste caso, o CEO da Nokia comentou que está havendo uma transformação do mercado, pois os feature phones tradicionais estão enfrentando a competição em preços de modelos full touch. Ele prometeu redesenhar a linha de terminais Série 40 da empresa.

Infraestrutura

A Nokia Siemens Networks, braço de infraestrutura de rede da companhia, teve uma receita líquida de 2,95 bilhões de euros, o que representa uma queda de 7% frente ao primeiro trimestre de 2011. Essa área foi responsável pela maior parte do prejuízo operacional da Nokia no período, tendo respondido por um resultado negativo de 1 bilhão de euros (um ano antes o prejuízo fora de 142 milhões).

A área de localização e comércio foi a única a registrar aumento da receita em comparação com o mesmo período do ano passado, tendo crescido 19% e alcançado 277 milhões de euros. Ainda assim, registrou prejuízo operacional de 94 milhões de euros.

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