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Quem é a parceira da Ambev e Gerdau na construção de hospital em SP

Hospital contra coronavírus já tem 40 leitos e terá 100 leitos até 30 de abril e tem como parceiros a Ambev, Gerdau e o Albert Einstein, além do Sienge

Hospital: Com 3.200 clientes, o Sienge foi criado em 1990 para trazer mais tecnologia ao mercado da construção civil (Sienge/Divulgação)

Hospital: Com 3.200 clientes, o Sienge foi criado em 1990 para trazer mais tecnologia ao mercado da construção civil (Sienge/Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 17 de abril de 2020 às 13h54.

Última atualização em 17 de abril de 2020 às 19h02.

Um novo hospital em M’Boi Mirim, na cidade de São Paulo, deve finalizar a construção até o dia 30 de abril para oferecer até 100 leitos. O local, voltado para o tratamento do novo coronavírus, será administrado pelo Hospital Israelita Albert Einstein e será um anexo ao Hospital Municipal M'boi Mirim Dr. Moysés Deutsch. 

Cerca de 40 leitos já foram entregues e o novo centro vai contar com atendimento 24 horas, unidades de tratamento intensivo (UTI) e leitos de internação comum, para casos de menor gravidade. 

A construtora é a Brasil ao Cubo, que fabrica por meio de módulos em sua sede em Santa Catarina, transportados para São Paulo via caminhão. Entre os parceiros do projeto, estão a fabricante de bebidas Ambev, que arcará com os custos de construção, estimados em 10 milhões de reais, e a Gerdau, que fornecerá o aço.

Há uma parceira mais desconhecida do projeto, o Sienge, empresa de tecnologia para gestão de construção civil. A plataforma do Sienge irá entrar com a estrutura de tecnologia e gestão, para facilitar o acompanhamento da construção para os envolvidos, como a Prefeitura de São Paulo.

O hospital atenderá exclusivamente pelo SUS. A equipe do Hospital Israelita Albert Einstein terá 200 de seus profissionais trabalhando no hospital.

Construção com mais tecnologia

Com 3.200 clientes, o Sienge foi criado em 1990 para trazer mais tecnologia ao mercado da construção civil, tradicionalmente fragmentado e com processos sem muita inovação.

“Uma montadora pode fabricar milhares de carros em uma mesma fábrica, mas para cada prédio é necessário criar um novo canto de obras, reduzindo a escala possível de uma construtora”, diz Fabrício Schveitzer, diretor de novos negócios e inovação do Sienge.

O Sienge atua pequenas, médias e grandes construtoras. Para cada grande empresa há 50 outras menores no setor, que também são mais carentes de tecnologia, diz Guilherme Quandt, gerente de marketing.

Ao centralizar e digitalizar certos processos, como as vendas e comercialização dos apartamentos e empreendimentos, consegue trazer mais escala.

A empresa também mune pedreiros e engenheiros na obra com tablets para acompanhar os projetos, reduzindo a dependência de plantas físicas, em papel, que podem estar desatualizadas. Para isso, todas as obras contam com conexão de wifi. 

Com um sistema de fluxo financeiro, ajuda os clientes a terem uma visão melhor do orçamento de uma obra, controlando a entrada de pagamentos dos clientes e a compra de materiais, por exemplo.

Dessa forma, aumenta a produtividade da mão de obra em 13% e reduz o número de funcionários no back office em 26%. O corte de custos foi especialmente importante para as construtoras durante o período de crise econômica. Enquanto o mercado encolheu cerca de 5% ao ano, a empresa diz que cresceu 15% ao ano nos últimos cinco anos.

Hoje, todas as áreas operacionais das construtoras clientes do Sienge estão trabalhando remotamente - a empresa de tecnologia habilitou 30% a mais de acessos ao sistema para seus clientes. Com o coronavírus e o trabalho remoto, o uso da tecnologia ganha mais destaque.

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