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Quem é a marca japonesa que já chegou ao futuro das fraldas

Desde 2011, a Unicharm já vende mais fraldas para idosos do que para bebês no Japão, um fenômeno que tende a se repetir em outros países


	Mulheres com criança em 1956: em um futuro próximo, crianças podem deixar de ser o principal foco dos fabricantes de fraldas
 (Weir/Stringer/Getty Images)

Mulheres com criança em 1956: em um futuro próximo, crianças podem deixar de ser o principal foco dos fabricantes de fraldas (Weir/Stringer/Getty Images)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 11 de julho de 2013 às 17h47.

São Paulo - Em 2020, as lojas japonesas já estarão vendendo mais fraldas para adultos do que para bebês: é o que aponta o jornal Nikkei nesta quinta-feira, em informações reproduzidas pelo Huffington Post. Para a maior empresa do segmento, a Unicharm, a virada já aconteceu em 2011 e faz parte de uma estratégia de sucesso.

A reviravolta não surpreende quem olha os números da população japonesa. O país tem cada vez menos bebês e cada vez mais idosos: mais de 24% dos habitantes tem 65 anos ou mais, a maior porcentagem do mundo. A taxa de nascimentos está entre as mais baixas do globo, e a expectativa de vida – de impressionantes 84,19 anos – só perde para Monaco e Macau, de acordo com dados do CIA World Factbook.

É neste cenário que o mercado de fraldas para adultos cresce de 6 a 10% ao ano e já chega a 1,4 bilhão de dólares. Apesar da dificuldade em fazer campanhas de marketing positivas, o produto tende a ser mais caro do que a fralda comum e dá margem a canais de venda direta para instituições como clínicas geriátricas e casas de repouso.

A Unicharm ficou atenta a este processo e investiu agressivamente para chegar primeiro em lugares onde a população está envelhecendo rapidamente, como a China, onde ela abriu sua quinta fábrica no ano passado. No Brasil, a empresa anunciou no ano passado a construção de uma fábrica em Jaguariúna, em São Paulo.

Desde 2008, as vendas da Unicharm aumentaram 47% globalmente e chegaram a 4,9 bilhões de dólares no último ano fiscal. As ações subiram 23,6% só nos últimos 12 meses, segundo a Bloomberg.

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