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Quem é a Coty, a “nanica” que quer comprar a Avon

Companhia francesa fez oferta hostil, avaliada em US$ 10 bilhões, pela Avon nesta segunda-feira

Andrea Jung, CEO da Avon

Andrea Jung, CEO da Avon

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 16 de abril de 2012 às 15h17.

São Paulo - Sonhar não paga imposto e foi por essa razão que a francesa Coty tentou, sem sucesso, comprar a Avon, nesta segunda-feira. O valor proposto pelo negócio foi de aproximadamente 10 bilhões de dólares – e rapidamente recusado pela companhia de cosméticos americana.

A Avon chegou a afirmar,  por meio de comunicado, que a proposta é oportunista e subvaloriza a companhia perante o mercado e acionistas. A Coty defendeu-se afirmando ser justa.

Embora a Coty figure como uma das maiores companhias de fragrâncias do mundo e detenha licenças para produzir perfumes com marcas importantes, como a Adidas, Calvin Klein e Joop!, a empresa faturou em seu último ano fiscal, encerrado em junho de 2011, 4,1 bilhões de dólares. O valor é menos da metade da receita acumulada pela Avon, em 2011, 11,3 bilhões de dólares.

Avon com problemas

É sabido que a Avon enfrenta uma de suas piores crises. Desde 2005, o lucro da companhia vem sendo diluído cada vez mais em seus balanços. Em 2011, os ganhos recuaram 20% na comparação com o ano anterior, totalizando 865 milhões de dólares.

No ano passado também, a Avon confirmou que está sendo investigada pela SEC, órgão americano equivalente à CVM brasileira. A companhia é suspeita de ter passado informações privilegiadas a corretores e também de subornar autoridades na China.

Os problemas da Avon, no entanto, culminaram com o anúncio de que a companhia está à procura de um novo CEO para ocupar o cargo que pertence hoje a Andrea Jung, que desde 2001 comanda a companhia. A iniciativa tem como objetivo recuperar o fôlego para vencer  os desafios.

Oportunidade

Diante de um cenário fragilizado, a Coty não pensou duas vezes em fazer uma proposta, mesmo que hostil, pela Avon. Esta não é a primeira vez que a Coty ganha espaço no noticiário brasileiro.

Em 2011, circularam rumores de que ela estava interessada em comprar a marca de cosméticos Jequiti, que pertence ao grupo Silvio Santos. Coincidência ou não, o grupo brasileiro na ocasião também enfrentava dificuldades financeiras.

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