Queda de preços de commodities em 2012 não preocupa ALL
Empresa acredita que preços se manterão acima da média e que os produtores rurais estão "capitalizados"
Da Redação
Publicado em 9 de agosto de 2011 às 18h41.
São Paulo - Uma eventual redução no preço das commodities agrícolas, decorrente de uma possível nova desaceleração na economia global, pode ser um fator importante na decisão de plantio de grãos em 2012. Ainda assim, a América Latina Logística não vê a redução de preços e volumes com grande preocupação.
Isso porque o atual cenário é de um produtor rural "extremamente capitalizado" e de preços já acima da média histórica, segundo o diretor de Relações com Investidores da companhia, Rodrigo Campos.
"Embora você possa ter uma desaceleração, você tem, de um lado, um produtor capitalizado e, em outro, um preço que mesmo que caia está muito acima da média histórica", disse o executivo em entrevista à Reuters nesta terça-feira.
De acordo com Campos, para o segundo semestre, os preços de commodities não serão um problema, visto que "essa safra está plantada, está colhida".
A maior operadora ferroviária da América Latina reportou alta de 20 por cento no lucro líquido do segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2010, impulsionado por maiores volumes transportados e incrementos de tarifas.
A companhia encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de 185,6 milhões de reais, ante 154,9 milhões um ano antes, período em que teve seu resultado ajustado para refletir o início da operação da unidade de transporte de contêineres Brado.
A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da ALL totalizou 489 milhões de reais, ante 436 milhões de reais obtidos entre abril e junho do ano passado. A margem no período passou de 52,9 para 52,5 por cento.
O yield ferroviário médio (indicador que mede as tarifas cobradas pela empresa para o transporte de carga) subiu 4,1 por cento na comparação anual.
Enquanto isso, o volume transportado no Brasil, onde a empresa mantém a maior parte de sua malha, teve alta de 9,6 por cento, em meio a um aumento de 13 por cento nos volumes de commodities agrícolas e leve expansão de 1,4 por cento no segmento de produtos industriais.
De acordo com Campos, o modal industrial caiu principalmente por conta do segmento de construção civil, que mostrou redução de 4,8 por cento no volume transportado. "Como (o segmento) tem um market share muito alto, fica mais suscetível", disse o diretor de RI, acrescentando que a queda foi pontual e que não deve se repetir nos próximos trimestres.
Entre os itens de construção civil transportados pela ALL estão cimento e tijolos.
Campos explicou ainda que, diante de momentos de desaceleração econômica, o transporte de produtos industriais tende a crescer, visto que o transporte ferroviário costuma ser mais barato. "O cliente tende a ficar mais preocupado com o custo... e às vezes gera projetos novos".
A ALL encerrou o segundo trimestre com dívida líquida de 3,16 bilhões de reais, crescimento de 28,5 por cento na comparação com um ano antes.
São Paulo - Uma eventual redução no preço das commodities agrícolas, decorrente de uma possível nova desaceleração na economia global, pode ser um fator importante na decisão de plantio de grãos em 2012. Ainda assim, a América Latina Logística não vê a redução de preços e volumes com grande preocupação.
Isso porque o atual cenário é de um produtor rural "extremamente capitalizado" e de preços já acima da média histórica, segundo o diretor de Relações com Investidores da companhia, Rodrigo Campos.
"Embora você possa ter uma desaceleração, você tem, de um lado, um produtor capitalizado e, em outro, um preço que mesmo que caia está muito acima da média histórica", disse o executivo em entrevista à Reuters nesta terça-feira.
De acordo com Campos, para o segundo semestre, os preços de commodities não serão um problema, visto que "essa safra está plantada, está colhida".
A maior operadora ferroviária da América Latina reportou alta de 20 por cento no lucro líquido do segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2010, impulsionado por maiores volumes transportados e incrementos de tarifas.
A companhia encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de 185,6 milhões de reais, ante 154,9 milhões um ano antes, período em que teve seu resultado ajustado para refletir o início da operação da unidade de transporte de contêineres Brado.
A geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da ALL totalizou 489 milhões de reais, ante 436 milhões de reais obtidos entre abril e junho do ano passado. A margem no período passou de 52,9 para 52,5 por cento.
O yield ferroviário médio (indicador que mede as tarifas cobradas pela empresa para o transporte de carga) subiu 4,1 por cento na comparação anual.
Enquanto isso, o volume transportado no Brasil, onde a empresa mantém a maior parte de sua malha, teve alta de 9,6 por cento, em meio a um aumento de 13 por cento nos volumes de commodities agrícolas e leve expansão de 1,4 por cento no segmento de produtos industriais.
De acordo com Campos, o modal industrial caiu principalmente por conta do segmento de construção civil, que mostrou redução de 4,8 por cento no volume transportado. "Como (o segmento) tem um market share muito alto, fica mais suscetível", disse o diretor de RI, acrescentando que a queda foi pontual e que não deve se repetir nos próximos trimestres.
Entre os itens de construção civil transportados pela ALL estão cimento e tijolos.
Campos explicou ainda que, diante de momentos de desaceleração econômica, o transporte de produtos industriais tende a crescer, visto que o transporte ferroviário costuma ser mais barato. "O cliente tende a ficar mais preocupado com o custo... e às vezes gera projetos novos".
A ALL encerrou o segundo trimestre com dívida líquida de 3,16 bilhões de reais, crescimento de 28,5 por cento na comparação com um ano antes.