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JBS anuncia primeiro Centro de Pesquisas em proteína cultivada do Brasil

Com expectativa de inauguração no final de 2024, o JBS Biotech Innovation Center será o maior centro de pesquisa de biotecnologia dos alimentos do país

JBS Biotech Innovation Center: instalações receberão em torno de US$ 62 milhões em investimentos (JBS/Divulgação)
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Publicado em 4 de outubro de 2023 às 13h55.

Última atualização em 22 de março de 2024 às 12h46.

O Brasil ganhará o seu primeiro Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em proteína cultivada. O JBS Biotech Innovation Center, centro que será construído por uma das maiores empresas de alimentos do mundo, deve ser inaugurado no final de 2024.

Ele ficará dentro do parque de inovação Sapiens Parque, em Florianópolis (SC), e será o maior centro de pesquisa voltado para a biotecnologia dos alimentos no Brasil.

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“Como líder global na produção de proteína, é nossa responsabilidade estarmos na vanguarda na indústria de alimentos. O JBS Biotech Innovation Center reforça a nossa aposta no setor de proteína cultivada, consolida nossa posição como uns dos principais players neste mercado tão promissor, e reforça o nosso compromisso de oferecer produtos inovadores e de alta qualidade aos nossos consumidores”, afirma o diretor Global de Suprimentos e Inovação da JBS, Jerson Nascimento Jr.

O JBS Biotech Innovation Center receberá um investimento de US$ 62 milhões e contará com uma equipe científica de 25 pós-doutores, especialistas em diversas áreas, além de staff e pessoal de apoio administrativo. Estão à frente do projeto os doutores Luismar Marques Porto, presidente da Divisão de Carne Cultivada e do JBS Biotech Innovation Center, e Fernanda Vieira Berti, vice-presidente do Centro de Pesquisa. Ambos estão entre os maiores especialistas em bioengenharia do país, com ampla experiência profissional e acadêmica internacional.

“Para nós, é motivo de grande satisfação fazer parte da primeira iniciativa desse porte no Brasil e, ainda, poder contribuir com estudos que contribuirão para a expansão do setor. Sem dúvida alguma, esse projeto se tornará uma referência internacional”, afirma Porto. A expectativa da JBS é tornar o processo produtivo da proteína cultivada mais eficiente, escalável e economicamente competitivo. Quando estiver em fase comercial, ela chegará inicialmente aos consumidores na forma de alimentos preparados, como hambúrgueres, embutidos, almôndegas, entre outros, com a mesma qualidade, segurança, sabor e textura da proteína tradicional. A tecnologia tem potencial não apenas para a produção de proteína bovina, mas também para a de frangos, suínos e pescados.

Pesquisas em andamento

A equipe de cientistas do JBS Biotech Innovation Center já iniciou atividades em instalações temporárias dentro do Sapiens Parque. Atualmente, o foco dos estudos está no entendimento das células das espécies bovinas, por meio de pesquisas exploratórias, com objetivo de estabelecer futuramente a produção de proteína bovina cultivada.

No total, o JBS Biotech Innovation Center demandará aproximadamente US$ 62 milhões em investimentos em três fases. A primeira consiste na construção de um módulo básico em escala industrial para demonstração da viabilidade técnico-econômica da proteína cultivada. Esse projeto vai servir como modelo para as futuras plantas que a JBS vier a construir globalmente para produzir proteína cultivada bovina e de outras espécies.

Troca com a Espanha

Além do projeto em Florianópolis, a JBS vem desenvolvendo pesquisas em proteína cultivada na Espanha. A companhia é acionista controladora, com 51% de participação, da Biotech Foods, empresa espanhola que é uma das líderes europeias no setor e que opera atualmente uma planta-piloto em San Sebastián, na região Basca.

No final do ano passado, a Biotech Foods iniciou a construção da maior fábrica de proteína bovina cultivada do mundo em San Sebastián. Com investimento de US$ 41 milhões, valor equivalente a mais de R$ 200 milhões, a primeira planta industrial em escala comercial da BioTech Foods está prevista para ser concluída em meados de 2024.

O investimento é um marco no setor, já que a planta, quando finalizada, poderá produzir mais de mil toneladas de proteína cultivada por ano, podendo ampliar sua capacidade para até 4 mil toneladas anuais.

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