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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.
São Paulo - O Brasil deixou de receber US$ 12,6 bilhões por exportações entre 2004 e 2009 devido à penetração dos produtos industriais chineses em seus principais mercados internacionais, diz um relatório divulgado hoje pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Segundo o estudo, as perdas líquidas que a concorrência chinesa causou às exportações brasileiras nesses seis anos foram registradas com maior intensidade na Europa (US$ 6,2 bilhões) e nos Estados Unidos (US$ 5 bilhões).
Em terceiro lugar, aparece a Argentina, o terceiro mercado analisado pela Fiesp, onde as perdas foram de US$ 1,4 bilhão.
A parcela de vendas de bens industriais chineses com destino à União Europeia (UE) dobrou no período de referência, chegando a 22%, enquanto a percentagem de produtos brasileiros passou de 1% para 1,2%.
Nos Estados Unidos, a presença de produtos chineses registrou um forte aumento e passou de 11% para 25% entre 2004 e 2009, enquanto as vendas brasileiras caíram de 1,2% para 1% nesses mesmos anos.
A Fiesp atribui a perda de competitividade das exportações brasileiras à valorização do real em relação ao dólar.
Além disso, a federação destaca que os baixos custos da mão-de-obra, o sistema de devolução de impostos à exportação da China e a baixa taxa de câmbio do iuane impulsionaram a competitividade dos produtos do gigante asiático.
Os produtos chineses também tomaram parte da fatia dos bens brasileiros no mercado interno, segundo o estudo.