Unidade de pesquisa da Monsanto: herbicida Roundup causou câncer em trabalhadores rurais e outras pessoas expostas ao produto, segundo advogados (Sergio Zacchi/ Divulgação Monsanto)
Da Redação
Publicado em 15 de outubro de 2015 às 21h03.
Escritórios de advocacias dos Estados Unidos especializados em danos pessoais estão fazendo filas de demandantes para ações contra a gigante agroquímica Monsanto, alegando que o herbicida Roundup causou câncer em trabalhadores rurais e outras pessoas expostas ao produto químico.
O mais recente processo foi apresentado na quarta-feira no Tribunal Superior de Delaware por três escritórios de advocacia representando três demandantes.
O processo é similar a outros apresentados no mês passado em Nova York e na Califórnia acusando a Monsanto de ter conhecimento há muito tempo de que o principal ingrediente do Roundup, glifosato, é perigoso para a saúde humana. A Monsanto "liderou uma prolongada campanha de desinformação para convencer agências do governo, produtores e a população em geral de que o Roundup era seguro", atesta o processo.
O litígio segue uma declaração da Organização Mundial da Saúde em março de que havia evidências suficientes para classificar o glifosato como "provavelmente cancerígeno para humanos".
"Podemos provar que a Monsanto sabia sobre os perigos do glifosato", disse Michael McDivitt, cujo escritório de advocacia no Colorado está reunindo casos de 50 indivíduos. "Há muitos estudos mostrando que o glifosato causa esses cânceres."
A Monsanto diz que a classificação da Organização Mundial da Saúde está errada e que o glifosato está entre os pesticidas mais seguros do mundo.