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Processo de venda do Grupo Rede deve ir até março

A chinesa State Grid e a Brookfield Renewable Energy Partners (BREP) estariam entre as interessadas no Grupo Rede Energia

Rede Energia conta com 21% nas mãos do BNDES (NANI GOIS)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2012 às 21h46.

São Paulo - O processo de venda do controle do Grupo Rede Energia ainda deverá prosseguir até final de março, na avaliação de uma fonte próxima às negociações que falou à Reuters nesta segunda-feira.

A chinesa State Grid e a Brookfield Renewable Energy Partners (BREP) estariam entre as interessadas no Grupo Rede, informou a fonte, além da CPFL Energia, conforme a Reuters já havia adiantado em meados de dezembro.

Procurada, a State Grid no Brasil comunicou apenas que a empresa sempre avalia todas as oportunidades interessantes para o crescimento no Brasil. A Brookfield e a CPFL disseram que não comentariam a informação.

"O processo está numa segunda fase, das propostas vinculativas. A expectativa é de que essa fase aconteça até início de março... Depois disso, acho que pode levar mais duas a três semanas", disse a fonte, que pediu anonimato.

O acionista controlador do Grupo Rede, o empresário Jorge Queiroz, colocou à venda 54 por cento da companhia. A empresa teria uma dívida total de 5 bilhões a 6 bilhões de reais, segundo cálculos preliminares realizados pela fonte.

"A saúde financeira da companhia está muito frágil", comentou, ao afirmar que "grupos fortes" interessados na empresa seriam capazes de recuperar a companhia que controla nove distribuidoras de energia nos Estados do Pará, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Minas Gerais e Paraná.


Além do controlador Jorge Queiroz, o Grupo Rede Energia tem entre os acionistas o Fundo de Investimento do FGTS e o BNDESPAr, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que transformou parte da dívida da companhia em ações.

Em 2010, o Fundo de Investimento do FGTS aportou recursos no Grupo Rede. Apesar das injeções de capital feitas recentemente, as distribuidoras do Grupo Rede passam por um momento de aperto financeiro, que pode se agravar com as novas regras do terceiro ciclo de revisão tarifária aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

AES desiste

O Grupo AES desistiu de tentar comprar o controle do Grupo Rede, disse à Reuters também nesta segunda uma fonte próxima à empresa.

Dentre os motivos da desistência da AES estaria o foco da empresa em ativos de geração, e não distribuição, e também o alto valor pedido pelos controladores do Grupo Rede, entre 800 milhões e 1 bilhão de reais pela participação na companhia, fora a assunção do alto endividamento da empresa.

Uma outra fonte próxima às negociações disse que a prioridade da AES é resolver sua situação na holding Brasiliana, controladora da AES Eletropaulo.

"Se a AES fechasse a aquisição do Rede, ficaria descapitalizada para comprar a parte do BNDES caso o banco resolva fazer o leilão de sua parte. E a prioridade da empresa é a Eletropaulo", afirmou essa outra fonte.

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São Paulo - O processo de venda do controle do Grupo Rede Energia ainda deverá prosseguir até final de março, na avaliação de uma fonte próxima às negociações que falou à Reuters nesta segunda-feira.

A chinesa State Grid e a Brookfield Renewable Energy Partners (BREP) estariam entre as interessadas no Grupo Rede, informou a fonte, além da CPFL Energia, conforme a Reuters já havia adiantado em meados de dezembro.

Procurada, a State Grid no Brasil comunicou apenas que a empresa sempre avalia todas as oportunidades interessantes para o crescimento no Brasil. A Brookfield e a CPFL disseram que não comentariam a informação.

"O processo está numa segunda fase, das propostas vinculativas. A expectativa é de que essa fase aconteça até início de março... Depois disso, acho que pode levar mais duas a três semanas", disse a fonte, que pediu anonimato.

O acionista controlador do Grupo Rede, o empresário Jorge Queiroz, colocou à venda 54 por cento da companhia. A empresa teria uma dívida total de 5 bilhões a 6 bilhões de reais, segundo cálculos preliminares realizados pela fonte.

"A saúde financeira da companhia está muito frágil", comentou, ao afirmar que "grupos fortes" interessados na empresa seriam capazes de recuperar a companhia que controla nove distribuidoras de energia nos Estados do Pará, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Minas Gerais e Paraná.


Além do controlador Jorge Queiroz, o Grupo Rede Energia tem entre os acionistas o Fundo de Investimento do FGTS e o BNDESPAr, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que transformou parte da dívida da companhia em ações.

Em 2010, o Fundo de Investimento do FGTS aportou recursos no Grupo Rede. Apesar das injeções de capital feitas recentemente, as distribuidoras do Grupo Rede passam por um momento de aperto financeiro, que pode se agravar com as novas regras do terceiro ciclo de revisão tarifária aprovadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

AES desiste

O Grupo AES desistiu de tentar comprar o controle do Grupo Rede, disse à Reuters também nesta segunda uma fonte próxima à empresa.

Dentre os motivos da desistência da AES estaria o foco da empresa em ativos de geração, e não distribuição, e também o alto valor pedido pelos controladores do Grupo Rede, entre 800 milhões e 1 bilhão de reais pela participação na companhia, fora a assunção do alto endividamento da empresa.

Uma outra fonte próxima às negociações disse que a prioridade da AES é resolver sua situação na holding Brasiliana, controladora da AES Eletropaulo.

"Se a AES fechasse a aquisição do Rede, ficaria descapitalizada para comprar a parte do BNDES caso o banco resolva fazer o leilão de sua parte. E a prioridade da empresa é a Eletropaulo", afirmou essa outra fonte.

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