Presidente da Portugal Telecom diz que Vivo é passado
Lisboa - O presidente-executivo da Portugal Telecom, Zeinal Bava, disse hoje que a Vivo já é passado e a Oi, o futuro de sua companhia. A Portugal Telecom anunciou hoje a venda para a Telefónica dos 30% que controlava na Vivo e um acordo para adquirir 22,4% da Oi. Em entrevista coletiva após informar a […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
Lisboa - O presidente-executivo da Portugal Telecom, Zeinal Bava, disse hoje que a Vivo já é passado e a Oi, o futuro de sua companhia.
A Portugal Telecom anunciou hoje a venda para a Telefónica dos 30% que controlava na Vivo e um acordo para adquirir 22,4% da Oi.
Em entrevista coletiva após informar a comissão de valores mobiliários portuguesa sobre estas operações, Bava assegurou que a ação de ouro usada pelo Estado português para vetar a venda da parte da Portugal Telecom na Vivo inicialmente serviu para "ganhar tempo para a busca de uma solução alternativa".
"Conseguimos aproveitar esses 30 dias para criar uma alternativa que mantivesse a escala considerada fundamental para o desenvolvimento da Portugal Telecom e da economia portuguesa", sustentou o presidente-executivo da empresa.
Bava reconheceu que a venda da Vivo "não foi uma decisão fácil", mas disse que a empresa que comanda deve deixar "que o mercado funcione".
"A Portugal Telecom já demonstrou ao mercado que é boa criando valor, somos bons companheiros, e agora vamos ter condições para fazê-lo em uma empresa com dimensão. Estão reunidas as condições para voltar a ter um projeto com grande ambição, mais ambicioso ainda", declarou.
Bava garantiu que a Portugal Telecom só entrará na Oi depois de receber os 7,5 bilhões de euros que a Telefónica pagará pela Vivo e adiantou que, provavelmente, isso vai acontecer no primeiro trimestre de 2011.
O presidente-executivo destacou que, por meio da Oi, a Portugal Telecom terá a oportunidade de entrar em outros países da América do Sul.
O presidente do Conselho de Administração da Portugal Telecom, Henrique Granadeiros, insistiu que as decisões de venda e de aquisição foram tomadas por "unanimidade".