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Presidente do conselho da ThyssenKrupp renuncia

Gerhard Cromme deixará cargo após críticas por perdas bilionárias sofridas pela unidade de produção de aço nas Américas


	Gerhard Cromme: executivo admitiu ter cometido erros que contribuíram para as enormes perdas
 (Juergen Schwarz/Reuters)

Gerhard Cromme: executivo admitiu ter cometido erros que contribuíram para as enormes perdas (Juergen Schwarz/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de março de 2013 às 12h52.

Frankfurt - O presidente do conselho do conglomerado industrial alemão ThyssenKrupp, Gerhard Cromme, vai deixar o posto depois de sofrer críticas por perdas bilionárias sofridas pela unidade de produção de aço da companhia nas Américas, que inclui a Companhia Siderúrgica do Atlântico.

Na reunião anual da companhia em janeiro, Cromme admitiu ter cometido erros que contribuíram para as enormes perdas sofridas pelo grupo com projeto Steel Americas, mas ele vinha resistindo até agora à pressão de alguns acionistas para renunciar.

A companhia informou nesta sexta-feira que o executivo vai deixar o posto em 31 de março. Um porta-voz informou que ainda não era possível dizer quando um novo presidente de conselho de supervisão será indicado.

Cromme afirmou em comunicado que ele está deixando o cargo para apoiar uma "renovação do conselho de supervisão da companhia".

O executivo de 70 anos foi criticado por não interromper o projeto Steel Americas, que fez a ThyssenKrupp registrar prejuízo anual de 4,7 bilhões de euros. Mas o mercado considerava como baixa a probabilidade de Cromme ser forçado a sair porque era apoiado por Berthold Beitz, patriarca de 99 anos do maior acionista do grupo.

A fundação Alfried Krupp von Bohlen und Halbach, comandada por Beitz, tem 25,3 por cento de participação com direito a voto na ThyssenKrupp e direito de indicar três dos 20 membros do conselho.

A ThyssenKrupp afirmou nesta sexta-feira que Cromme também está deixando o posto de vice-presidente do conselho curador e como membro da fundação.

Cromme também preside o conselho de supervisão da Siemens, que não comentou a renúncia do executivo da ThyssenKrupp.

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