Matthias Müller, novo presidente da Volkswagen: eleprometeu um esclarecimento "rápido e sem cerimônia" e garantiu que os 11 milhões de veículos manipulados podem circular sem problemas (Getty Images / Alexander Koerner)
Da Redação
Publicado em 6 de outubro de 2015 às 11h28.
Berlim - O novo presidente da Volkswagen, Matthias Müller, anunciou nesta terça-feira aos trabalhadores da companhia que o grupo revisará todos os investimentos previstos e "cancelará ou adiará os que não não forem estritamente necessários", após o escândalo de manipulação das emissões de poluentes.
"Serei muito claro: isto vai ser doloroso", disse Müller para os 20 mil funcionários reunidos na sede central de Wolfsburg, na primeira assembleia convocada desde que vazou o escândalo de fraude nos testes de emissão de poluentes em motores à diesel de 11 milhões de veículos.
O plano de eficiência projetado por seu antecessor no cargo, Martin Winterkorn, que renunciou por causa do escândalo, deve ser reajustado, mas o objetivo da Volkswagen é manter sua política de postos de trabalho "seguros e de qualidade".
Müller prometeu um esclarecimento "rápido e sem cerimônia" de tudo o que aconteceu e garantiu que os 11 milhões de veículos manipulados podem circular sem problemas, já que a segurança dos clientes da Volkswagen nunca foi colocada em perigo.
O presidente do comitê da empresa da Volkswagen, Bernd Osterloh, informou hoje aos funcionários da companhia que o escândalo dos motores manipulados não tem, por enquanto, consequências para os postos de trabalho do grupo.
Osterloh assinalou que o objetivo é "fazer todo o possível" para manter todos os empregos.