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Presidente da Airbus teme guerra comercial

Tom Enders criticou a legislação da UE, que obriga as companhias de qualquer nacionalidade que operam no bloco a comprar o equivalente a 15% de suas emissões

O presidente da Airbus, Tom Enders: "o que começou como solução para as questões do meio ambiente se transformou em fonte potencial de guerra comercial" (Johannes Eisele/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2012 às 08h07.

Cingapura - As tensões crescentes no setor da aviação a respeito da taxa de carbono podem provocar uma guerra comercial, afirmou o presidente da Airbus , Tom Enders.

"Devo dizer que estou realmente inquieto com as consequências, como construtor", declarou Enders em uma entrevista coletiva na véspera da abertura do salão aeronáutico de Cingapura.

"Comprovei a posição de China, Rússia, Estados Unidos, Índia, e o que começou como solução para as questões do meio ambiente se transformou em fonte potencial de guerra comercial", completou.

A legislação da União Europeia (UE) obriga desde 1º de janeiro as companhias de qualquer nacionalidade que operam no bloco a comprar o equivalente a 15% de suas emissões de CO2, o que representa 32 milhões de toneladas, para lutar contra o aquecimento global.

Caso não cumpram a lei europeia, as empresas terão que pagar multas de 100 euros por tonelada de CO2 e podem ser proibidas de voar na UE.

China e Estados Unidos se negam a aceitar a legislação. A Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), que representa as empresas do setor, também rejeita a medida, por considerar que pode estimular medidas de represália.

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"Devo dizer que estou realmente inquieto com as consequências, como construtor", declarou Enders em uma entrevista coletiva na véspera da abertura do salão aeronáutico de Cingapura.

"Comprovei a posição de China, Rússia, Estados Unidos, Índia, e o que começou como solução para as questões do meio ambiente se transformou em fonte potencial de guerra comercial", completou.

A legislação da União Europeia (UE) obriga desde 1º de janeiro as companhias de qualquer nacionalidade que operam no bloco a comprar o equivalente a 15% de suas emissões de CO2, o que representa 32 milhões de toneladas, para lutar contra o aquecimento global.

Caso não cumpram a lei europeia, as empresas terão que pagar multas de 100 euros por tonelada de CO2 e podem ser proibidas de voar na UE.

China e Estados Unidos se negam a aceitar a legislação. A Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), que representa as empresas do setor, também rejeita a medida, por considerar que pode estimular medidas de represália.

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