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Prejuízo líquido atribuído a controladores da Oi cai 22% no 4º trimestre

No ano de 2017, o prejuízo líquido foi de 6,656 bilhões de reais, queda de 18,9 por cento ante prejuízo de 8,206 bilhões de reais em 2016

Oi: operadora de telefonia registrou um prejuízo líquido consolidado de 3,916 bilhões de reais no quarto trimestre (Facebook/Oi/Reprodução)

Oi: operadora de telefonia registrou um prejuízo líquido consolidado de 3,916 bilhões de reais no quarto trimestre (Facebook/Oi/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de abril de 2018 às 08h21.

Última atualização em 13 de abril de 2018 às 10h03.

São Paulo - A Oi reduziu o seu prejuízo líquido atribuído a controladores no quarto trimestre de 2017 em 22% na comparação com o mesmo período de 2016, para R$ 3,690 bilhões. Já o resultado consolidado foi um prejuízo líquido de R$ 3,916 bilhões, 18,5% menor.

No acumulado de 2017, a companhia teve um prejuízo líquido consolidado de R$ 6,656 bilhões, montante 18,9% inferior à perda de R$ 8,206 bilhões em 2016.

Segundo a companhia, o prejuízo ocorreu em função da queda do faturamento e das margens, impactados por inadimplência e desligamentos de clientes, oferta de descontos para retenção de consumidores, além de provisões associadas à remuneração variável de funcionários.

Por outro lado, o prejuízo foi amenizado por redução nas despesas com juros e corte de dívidas inseridas no processo de recuperação judicial, cujo plano de reestruturação foi aprovado em dezembro e homologado em janeiro.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no critério denominado de rotina foi a R$ 1,299 bilhão no trimestre, queda de 26,1%. No ano, foi a R$ 6,244 bilhões, retração de 6,8%. A margem Ebitda no trimestre foi a 22,3%, perda de 5,5 pontos porcentuais, e no ano, 26,2%, 0,5 ponto porcentual menor.

A receita líquida consolidada totalizou R$ 5,828 bilhões no trimestre, recuo de 7,8%, enquanto no ano alcançou R$ 23,790 bilhões, encolhimento de 8,5%.

As despesas operacionais recorrentes das operações brasileiras foram de R$ 4,482 bilhões no trimestre, alta de 1,1%, mas no ano totalizaram R$ 17,367 bilhões, uma queda de 7,7%.

A Oi apresentou um resultado financeiro líquido positivo de R$ 1,854 bilhão no trimestre, em comparação a uma despesa de R$ 707 milhões no quarto trimestre de 2016. Pelo lado positivo, a tele apurou o efeito - similar a um desconto - de R$ 4,5 bilhão pela atualização a valores presentes da dívida junto à Anatel que será paga no longo prazo a juros baixos, conforme prevê o plano de recuperação judicial.

A tele manteve a expansão dos investimentos, que no trimestre alcançaram R$ 1,840 bilhão, aumento de 32,2%, e no ano, R$ 5,687 bilhões, expansão de 16,0%.

Dívida

A Oi fechou o quarto trimestre com dívida líquida de R$ 47,621 bilhões, 8,0% a mais do que no fim do terceiro trimestre. Nesse período, o saldo disponível em caixa caiu 9,3%, para R$ 6,999 bilhões.

O balanço da Oi foi postergado - era para ter sido divulgado em 28 de março e só entrou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nos últimos minutos de 12 de abril - porque a companhia enfrentou dificuldades em apurar todos os efeitos contábeis relacionados ao andamento do processo de recuperação judicial.

Conforme informado na ocasião, esses efeitos causaram um corte de R$ 21 bilhões no patrimônio líquido da tele, que fechou o ano em R$ 13,5 bilhões negativo.

Base de clientes

A Oi perdeu 3,9 milhões de clientes em um ano. Sua base de assinantes passou de 63,5 milhões no quarto trimestre de 2016 para 59,6 milhões no quarto trimestre de 2017, um recuo de 6,1%.

A receita líquida da Oi com os suas operações nas áreas de telefonia fixa e móvel, banda larga, TV por assinatura e serviços corporativos (B2B) alcançou R$ 5,722 bilhões no quarto trimestre de 2017, uma queda de 5,4% em relação ao mesmo trimestre de 2016.

A perda de receita foi registrada em todas as grandes áreas de atuação da operadora, sendo puxada por serviços corporativos (-12,9%), seguido por telefonia móvel (-3,1%) e serviços residenciais (-2,0%).

A crise reduziu a demanda de empresas por serviços de telefonia e tecnologia da informação. Além disso, o processo de recuperação judicial também tem afastado clientes da operadora.

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