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Prédio mais alto de SP ganha mirante de vidro e tem visitas a R$ 30

Sampa Sky tem inspiração em atração de Chicago, nos EUA, e garante vista panorâmica da cidade a 150 metros do chão

Caixa de vidro: deck tem vidro até no chão e fica suspenso a 150 m (Sampa Sky/Divulgação)
GA

Gabriel Aguiar

Publicado em 5 de agosto de 2021 às 16h04.

Última atualização em 5 de agosto de 2021 às 22h25.

O que dizer de uma atração que, antes mesmo de abrir ao público, esgotou a agenda para os próximos 40 dias? É exatamente esse o caso do Sampa Sky, espécie de mirante que será inaugurado no 42º andar do Palácio W. Zarzur – também conhecido como Mirante do Vale, alcunha que indica a vocação natural do edifício. E, pelo menos até o ano que vem, é também o prédio mais alto de São Paulo.

Tudo começou com a visitação de André Berti, um dos três sócios do empreendimento, ao Skydeck, em Chicago, nos Estados Unidos, que oferece visitas à “caixa de vidro” desde 2009. E a movimentação teve início em 2019, quando entraram na jogada Antônio Caldeira, dono de todo o pavimento, e Alessandro Martineli, que também é diretor geral da agência de comunicação FleishmanHillard Brasil.

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“Esse é meu primeiro empreendimento. Desde a primeira conversa que tivemos, a visão que eu tive do Sampa Sky é que a gente já começaria grande. E somos somente nós, sem nenhum grupo multinacional e nenhum investidor financeiro. Quando contaram a ideia, eu disse que era maravilhosa, mas dependia muito da implementação. Cuidamos de tudo: ideia, execução e financiamento”, diz Martineli.

Alessandro Martineli, sócio do Sampa Sky: Somos somente nós, sem nenhum grupo multinacional e nenhum investidor financeiro (Sampa Sky/Divulgação)

E, de fato, foram necessários oito meses apenas para desenvolver as soluções de engenharia – o edifício tem fachada tombada e, por isso, ambos osdecksde observação precisaram ser retráteis. Além disso, o próprio vidro das plataformas recebeu atenção especial: são quatro lâminas de com 10 mm de espessura e três de PVB (polivinil butiral) estrutural para eliminar quaisquer riscos de rompimento.

“Fizemos planos de negócio, de marketing, de comunicação e vimos que o projeto pararia de pé. Nós já pensamos em muito mais coisas para cá, porque só abrimos a metade do andar e temos a outra metade para ampliar. No início das obras, veio a pandemia e paramos tudo.  Tivemos que esperar para ver o que aconteceria. Não fosse isso, a gente teria inaugurado em setembro do ano passado”, afirma.

Por enquanto, o espaço começará as operações com apenas 40% da capacidade – não somente por conta da pandemia, mas para entender como será o movimento. Só que a ideia é avançar, inclusive com novas frentes de negócio, como abertura para grupos e eventos corporativos. E, na metade do ano que vem, a outra metade do andar será incorporada ao Sampa Sky, que passará de 700 m² a 1.500 m².

Paisagem: empreendimento permite ver quase toda a cidade de São Paulo (Sampa Sky/Divulgação)

O que temos em mente é recuperar nosso investimento em dois anos. E, de verdade, acreditamos que o negócio terá essa velocidade. Nosso plano de investimento já prevê a expansão. Como ponto turístico, sabemos que se consolidará. Em relação aos eventos, ainda não vendemos, por motivos óbvios, porque ainda vamos inaugurar. Mas já existe demanda, de empresas até casamentos”, diz o sócio.

Por enquanto, considerando o cenário atual, quase 80% do faturamento (a estimativa não foi revelada) virá das visitações – além disso, pela manhã, o empreendimento é dedicado a grupos e estudantes. Mas a previsão é de que, em cerca de dez meses, osharemude para 50% com visitações, 15% com grupos e 35% com eventos. Caso seja necessário, basta reajustar os horários dedicados a cada frente.

“Nós pensamos em ter ativações. Mas não vou mentir que, neste começo, não ter um bar é até melhor. Porque, se tivermos outras atrações, os visitantes ficarão mais tempo e é difícil por conta da pandemia. Podemos evoluir para algo com bebidas. E devemos. Mas esse processo operacional ditará como será a médio e longo prazo. Porque, a curto prazo, acreditamos que é a melhor estratégia”, afirma.

Funcionamento: além da visitação, haverá eventos futuramente (Sampa Sky/Divulgação)

Para quem estiver interessado, os ingressos têm preços promocionais durante os primeiros dois meses, sempre a 30 reais. Depois, o valor será de 60 reais para a entrada convencional – também haverá opção de meia entrada. Mas quase todas as datas já estão preenchidas, inclusive nos fins de semana seguintes à oferta especial. De terça-feira a sábado, funciona das 11h às 19h; aos domingos, até 16h.

E aqui vale uma dica da EXAME: diferentemente da atração original, em Chicago, que fica no 103º andar do Willis Tower, o Sampa Sky está a menos de metade da distância do solo. Mas os 150 metros de altura são suficientes para causar vertigens (em segurança), principalmente porque ruas e avenidas ficam bem sob os pés. Além disso, há vistas panorâmicas do centro histórico e da Serra da Cantareira.

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