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Pouco afetada por falta de chip, Toyota reabre 3º turno em Sorocaba

A fábrica emprega atualmente 2,34 mil funcionários e já teve três turnos de trabalho entre novembro de 2018 e junho de 2019

TOYOTA: o grupo paralisará suas atividades pelo menos até 25 de outubro. (Pierre Albouy/Reuters)

TOYOTA: o grupo paralisará suas atividades pelo menos até 25 de outubro. (Pierre Albouy/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de setembro de 2021 às 09h42.

Pouco afetada pela crise dos semicondutores, a Toyota vai reabrir o terceiro turno de trabalho na fábrica de Sorocaba (SP) a partir de janeiro. Para operar em jornada de 24 horas, a empresa contratará 450 funcionários ao longo deste mês. Mais 50 vagas serão geradas em outras unidades do grupo e 350 na cadeia de 11 fornecedores da região.

Com mais uma equipe, a fábrica ampliará sua capacidade de produção dos atuais 122 mil veículos para 152 mil por ano. A unidade produz os modelos Yaris, Etios (para exportação) e Corolla Cross - primeiro utilitário-esportivo da marca fabricado no País, lançado em março. O SUV tem versão híbrida/flex - roda com energia e gasolina ou etanol e é comercializado em 22 países da região.

A fábrica emprega atualmente 2,34 mil funcionários e já teve três turnos de trabalho entre novembro de 2018 e junho de 2019.

Segundo o presidente da Toyota do Brasil, Rafael Chang, a medida vai atender à crescente demanda por produtos da marca no Brasil e na América Latina - em especial do Corolla Cross - e faz parte da estratégia de crescimento sustentável da empresa e de seu comprometimento com o País, apesar dos desafios que toda a indústria enfrenta por causa da pandemia.

"Trabalhamos duro para criar esse momento importante da história da Toyota no Brasil. Ele está sendo possível graças à integração que fizemos com colaboradores, sindicato, fornecedores, concessionários e governo”, afirma Chang, em nota. "Além disso, tenho certeza de que esses 850 empregos diretos e indiretos impactarão positivamente a sociedade brasileira nesse período tão delicado que todos vivemos.”

Na terça-feira, o grupo Caoa também anunciou a volta do segundo turno, a partir desta semana, na fábrica de Anápolis (GO), que produz modelos da Hyundai e da Chery. O grupo contratou 385 funcionários nas últimas semanas.

"Temos muito orgulho, como uma montadora 100% nacional, em seguir investindo no Brasil”, disse, em nota, o presidente da Caoa, Mauro Correia. "Só neste ano, houve a criação de 789 novos postos de trabalho diretos, e esperamos realizar novas contratações nos próximos dias.”

A unidade produz os SUVs da linha Caoa Chery Tiggo 5X, Tiggo 7 e Tiggo 8, os modelos Hyundai IX35 e New Tucson e os comerciais Hyundai HR e HD80.

Eletrificados

Com o aumento da produção, informa a Toyota, a unidade de Sorocaba se consolidará como maior produtora de veículos eletrificados da América Latina, "em mais um passo na busca pela massificação de tecnologias mais limpas e consequente avanço no compromisso de neutralidade de carbono na região”.

A companhia japonesa tem fábricas em Indaiatuba (onde faz o sedã Corolla também em versão híbrida), Porto Feliz (motores) e São Bernardo do Campo (componentes), todas em São Paulo. Ao todo, emprega 5,33 mil funcionários.

A Toyota informa que estudos realizados por ela apontam que o carro híbrido flex, quando abastecido com etanol, possui um dos mais altos potenciais de abatimento de emissão de CO2, levando em conta o ciclo de vida do etanol, desde que é extraído da cana-de-açúcar.

A fábrica de Sorocaba foi inaugurada há nove anos, com investimentos de US$ 600 milhões. Desde então, passou por dois ciclos de aportes. O primeiro, em janeiro de 2015, de R$ 1 bilhão, para aumentar a capacidade produtiva dos originais 74 mil veículos anuais para 108 mil. Em 2019, recebeu mais R$ 1 bilhão para modernização das instalações para a produção do Corolla Cross.

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