NET: a América Móvil (que abrange Claro, NET e Embratel) lidera a lista de mais reclamadas. Promoções de "combo" são muito questionadas, segundo o Procon-SP (Reprodução)
Luísa Melo
Publicado em 18 de março de 2014 às 09h42.
São Paulo - No ranking das empresas cujos consumidores mais registraram reclamações no Procon-SP no ano passado, as operadoras de telecomunicações aparecem em destaque.
Segundo a instituição, juntas, a América Móvil (que abrange Claro, Net e Embratel), Vivo/ Telefônica, Oi, TIM e SKy contabilizam mais de 6,6 mil queixas fundamentadas (aquelas que não foram resolvidas na fase inicial do atendimento) em 2013.
Em relação à telefonia fixa, as principais reclamações registradas, de acordo com relatório publicado pelo Procon-SP, são referentes à demora no atendimento a serviços de instalações ou reparos e às quedas de sinal (as linhas "mudas").
As falhas no atendimento, segundo o órgão são decorrentes da terceirização "maciça" da área, o que a torna "frágil".
Os problemas com esse tipo de telefonia, conforme a nota, são mais comuns no interior do estado. Segundo o Procon-SP, caso fossem levadas em conta somente as reclamações feitas na capital, a Vivo/ Telefônica, que ocupa o 3º lugar no ranking, cairia para a 5ª posição.
Já sobre a telefonia móvel, a instituição considera que os problemas ocorrem porque os investimentos no sistema operacional das empresas não crescem tanto quanto o número de usuários de telefone celular. Segundo o Procon-SP, já existem aproximadamente 1,3 linhas móveis ativas para cada pessoa no Brasil.
Outro ponto que recebeu queixas frequentes foram as ofertas em "combos" — os pacotes que englobam telefonia fixa e móvel, internet e TV a cabo. Para o órgão, isso acontece porque as promoções são "pouco claras", o que impede o consumidor de controlar o uso efetivo que faz dos serviços.
Além disso, os regimes de fidelização atrapalham ou até mesmo inviabilizam que o cliente cancele um ou alguns dos serviços oferecidos em pacotes.