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Por que a Warner ainda tenta salvar Two and a Half Men

Fim da série de maior audiência dos Estados Unidos causaria perdas de, pelo menos, US$ 65 milhões ao estúdio

Elenco de Two and a Half Men: Warner, CBS e Lorre se unem para evitar prejuízos com o fim da série (Getty Images)

Elenco de Two and a Half Men: Warner, CBS e Lorre se unem para evitar prejuízos com o fim da série (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2011 às 11h43.

São Paulo - A demissão de Charlie Sheen não significa, necessariamente, o fim de Two and a Half Men – o seriado de maior audiência nos Estados Unidos. Pelo menos, não para o estúdio Warner Bros., para a CBS, a rede de TV que o exibe no país, e para Chuck Lorre, seu idealizador e produtor.

O objetivo não é apenas salvar uma das séries mais rentáveis da história, mas também evitar um problema bem prático. O fim de Two and a Half Men causaria prejuízos de, pelo menos, 65 milhões de dólares aos envolvidos.

Quando foi suspensa, em 24 de fevereiro, a série ainda previa mais quatro episódios para esta temporada. A Warner Bros. já avisou que, apesar disso, vai pagar os salários das 300 pessoas envolvidas, entre elenco e equipe de produção, referentes aos episódios cancelados. A Warner estima que isso vá lhe custar 2 milhões de dólares.

Além disso, ao cancelar os episódios previstos, a Warner terá apenas 16 para vender, neste ano, nos mercados onde a série é transmitida. Com isso, a expectativa de receitas com Two and a Half Men cairá em cerca de 12 milhões de dólares, segundo a imprensa internacional.

Se as perdas desta temporada já são milionárias, o problema é ainda maior, quando se considera o potencial de receita que será perdida no ano que vem: 43 milhões de dólares, referentes aos episódios que deixarão de ser vendidos para outras emissoras de diversos países.

A própria CBS também sairia perdendo. Afinal, o fim da série representaria uma economia de 4 milhões de dólares pagos pela emissora à Warner para cada episódio de Two and a Half Men. Por outro lado, ter o direito de exibir a sitcom de maior audiência dos Estados Unidos é um ativo e tanto. Como se sabe, grandes audiências atraem grandes anunciantes e, com eles, bons lucros. Além disso, a CBS também ganha revendendo os direitos de exibição da série para suas afiliadas.

Substituto

O grande problema, obviamente, é encontrar alguém capaz de substituir Charlie Sheen. O próprio produtor, Lorre, já afirmou que não deseja uma versão mutilada do seriado, a que chamou jocosamente de “One and a Half Men”. É verdade que, nos Estados Unidos, há um longo histórico de seriados cujos protagonistas foram trocados. Charlie Sheen já passou por isso, ao substituir Michael J. Fox na comédia Spin City.


Para os especialistas em Hollywood, há duas saídas para Lorre e para a Warner. A primeira é simplesmente trocar o ator e seguir em frente. Na bolsa de apostas, Rob Lowe, que integra o elenco de Park and Recreations e já passou por Glee, Californication e Brothers & Sisters, surge como favorito.

Também estariam no páreo os atores John Stamos (Law & Order, Glee e Bones, entre outros), Tim Daly (Família Soprano e Wings) e Neil Patrick Harris (Starship Troopers).

A segunda saída seria aproveitar algum gancho da série original e repaginar Two and a Half Men na próxima temporada. Há quem acredite que Lorre, que também é responsável por outras séries de sucesso, como The Big Bang Theory e Mike & Molly, seria capaz de dar uma reviravolta no projeto e encontrar um novo lado.

Alan, o irmão atrapalhado de Charlie, e seu filho Jake, além da mal humorada empregada Berta poderiam ser o núcleo da nova versão. Qualquer que seja a saída, está claro que nem a Warner, nem a CBS, nem Lorre gostariam que a ruidosa briga com Charlie Sheen fosse o episódio final de Two and a Half Men.

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