Por dentro do delicioso escritório do iFood em São Paulo
Com aparência de uma casa e espaço perto dos jardins para trabalhar, o ambiente é descolado e descontraído
Karin Salomão
Publicado em 10 de novembro de 2017 às 08h00.
Última atualização em 10 de novembro de 2017 às 08h00.
São Paulo – A cada dia, 150 mil pessoas pedem um prato de comida pelo iFood. São cerca de 4 milhões de pedidos todos os meses, entregues por 15 mil restaurantes espalhados em 4 países.
Parte dessa operação é coordenada do escritório da empresa em São Paulo. Com aparência de uma casa e espaço perto dos jardins para trabalhar, o ambiente é descolado e descontraído como o de muitas empresas de tecnologia.
EXAME.com visitou o espaço para mostrar os principais atrativos. Veja o resultado nas imagens a seguir.
O escritório de São Paulo é só um dos muitos espaços de trabalho da companhia. A sede da empresa é em Jundiaí e ela ainda tem base em Campinas e equipes comerciais e de parcerias espalhadas pelo país. Além do Brasil, a empresa tem operações no México, Colômbia e Argentina.
O iFood é uma das empresas que recebeu investimento da Movile, que lançou o aplicativo PlayKids (uma espécie de Netflix para crianças) e comprou fatias em startups como Apontador e Maplink, além da Rapiddo, de motoboys.
Várias startups que receberam investimento da Movile ficam no escritório da companhia, enquanto outras, como o iFood, têm espaços independentes.
O iFood foi criado em 2011, mas logo seu primeiro escritório ficou pequeno, já que a empresa não parava de crescer. Ela se mudou para a primeira casa desse condomínio empresarial na Vila Hamburguesa, em São Paulo.
Hoje são 650 funcionários, 550 no Brasil e 100 nos outros escritórios em que trabalha. São cerca de 40 contratações todos os meses. Aqui, ficam 180 funcionários.
Aos poucos, o iFood foi ocupando os espaços vizinhos. Ao expandir o ambiente, a empresa também derrubou as paredes que separavam as diferentes casas. “Hoje, a única porta é a do banheiro”, brinca Tiago Luz, diretor de RH.
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Além da falta de paredes, a empresa também não define as mesas de trabalho. O próprio presidente da empresa, Carlos Eduardo Moyses, senta ao lado de seus funcionários, sem uma sala separada.
Muitos funcionários visitam os outros escritórios da empresa, em Jundiaí e Campinas, com frequência: há uma van diária que faz o trajeto entre essas cidades.
Os funcionários são incentivados a vivenciar a experiência da plataforma. Por isso, é muito comum que, na hora do lanche ou almoço, essas mesas estejam cobertas de comidas pedidas pelo iFood.
Um dos maiores entusiastas do produto é o diretor de marketing, Arthur Santos. Em 2016, ele fez cerca de 400 pedidos pela plataforma, mais de um por dia. Por conta desse recorde, o diretor até aparece nas propagandas da empresa, que contam com a cantora Anitta e o apresentador Rodrigo Hilbert.
Os lanches estão liberados nessa estação. De pipoca a banana, há alimentos para todos os gostos.
Um dos grandes atrativos é o espaço externo, com mesas para trabalhar e sofás para reuniões. O local está sempre cheio de gente, diz Tiago Luz. Ele crê que trabalhar entre os jardins reflete um dos valores da empresa: simplicidade.
No meio do escritório está o espaço de descontração. Assim como toda empresa de tecnologia, o iFood colocou uma televisão e videogames à disposição dos funcionários. Segundo Tiago Luz, “aqui cada um é dono do seu próprio tempo e cada um pode administrar como divide o dia entre trabalho e descanso”.
Aqui também acontece o Happy Hour mensal. As equipes apresentam seus principais resultados e a empresa comemora as conquistas. No armário, estão algumas garrafas de champanhe abertas em momentos importantes para a companhia.
O iFood acredita que, quanto mais diversa a companhia e sua equipe, melhor serão os produtos criados por ela. Por isso, metade dos funcionários são mulheres. Elas também são maioria entre os gerentes.
O processo seletivo também abraça a diversidade, diz o diretor. É muito comum que pessoas trabalhem em áreas bem diferentes da sua formação acadêmica.
Até o espaço promove o encontro de ideias distintas, afirma o diretor. Sem mesas definidas e com muitas mesas comunitárias, é comum sentar ao lado de pessoas de outros departamentos e trocar ideias e visões sobre o negócio.