Por dentro do centro de inovação da Cisco no Rio de Janeiro
Parte das soluções desenvolvidas pela empresa nasce no local. Estrutura conta também com um espaço para que os clientes testem os produtos e serviços da marca
Luísa Melo
Publicado em 11 de fevereiro de 2015 às 09h22.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h51.
São Paulo - A Cisco é uma das maiores empresas de tecnologia da informação do mundo, com mais de 19.000 produtos e serviços patenteados. Ela cria desde telefones corporativos e roteadores até sistemas operacionais para cidades inteligentes. Só em 2014, sua receita foi de 47 bilhões de dólares. Presente em mais de 165 países, a companhia possui cerca de 71.500 funcionários. No Brasil, são três escritórios (em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro) e um centro de inovação (também no Rio), que abrigam aproximadamente 600 colaboradores. O mercado brasileiro é importante para a Cisco. Em 2012, ela anunciou um investimento de 1 bilhão de reais para o país, cifra que incluía a construção do Centro de Inovação IoE, na capital fluminense, concluída no ano seguinte. No local, a gigante desenvolve parte de suas soluções para internet of everything (internet das coisas, em português), mercado de acessórios usados no dia a dia que podem ser conectados à web. Lá, os clientes também podem testar seus mais novos sistemas. Conheça mais, nas fotos, sobre o centro de inovação da Cisco.
O centro de inovação fica na região central do Rio de Janeiro. Ele foi inaugurado em agosto de 2013 e ocupa uma área de 1.300 metros quadrados. Ter uma estrutura dedicada à criação de soluções revolucionárias no país faz parte do plano da Cisco de expandir a sua cultura, mas os objetivos vão além. "Queremos tornar o Brasil um catalisador de inovação no mundo", diz Nina Lualdi, diretora de estratégia e planejamento da companhia no país.
Mais da metade do espaço físico do centro de inovação é dedicado ao "experience center", lugar onde as soluções desenvolvidas pela Cisco ficam disponíveis para serem testadas pelos clientes. Para proporcionar uma experimentação fiel de como funcionam os produtos e serviços, o lugar é decorado com imagens que recriam os ambientes onde eles são utilizados. No caso de um sistema de monitoramento de pacientes, por exemplo, a sala é desenhada de forma que o cliente sinta que está dentro de um hospital, como é possível ver na foto.
Hoje, há no local estandes para testes de soluções em educação, esportes e entretenimento, saúde, smart grid (energia), segurança pública e óleo e gás. Nas próximas semanas, a empresa deve criar nichos para a categoria de cidades inteligentes, onde poderão ser experimentados sistemas como os de ônibus e estacionamentos conectados. O "experience center" recebe cerca de 60 visitas por mês, sendo que cada uma delas comporta 15 pessoas. Isso significa que até 900 visitantes passam pelo espaço mensalmente.
Atualmente 15 soluções estão em desenvolvimento no centro de inovação, mas essa lista pode crescer até o fim do ano. Os projetos são muito complexos e geralmente não podem ser concluídos em menos de 12 meses, segundo a empresa.
Além de trabalhar em programas próprios, a empresa usa a estrutura do centro de inovação para identificar startups brasileiras que têm boas ideias e podem se tornar suas parceiras. Por enquanto, duas foram garimpadas.
Para dar conta de projetos tão robustos, o centro de inovação da Cisco conta com um data center poderoso. A companhia não abre a capacidade de armazenamento do sistema, mas diz que é o maior que ela possui na América Latina. Junto dele fica o laboratório onde as soluções são criadas. Somente o time da Cisco pode entrar no local. Os funcionários de parceiros acessam a infraestrtura de forma remota, a partir de outras duas salas conectadas.
O centro de inovação também conta com duas salas de reuniões com telepresença (foto) e 7 "quiet rooms", espaços pequenos usados quando os funcionários precisam de privacidade.
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