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Polonesa Synthos investirá até R$ 640 milhões no RS

A empresa decidiu dar a largada na implantação de uma fábrica no Brasil mesmo sem ter a confirmação do fornecimento de matéria-prima

Indústria da borracha: a iniciativa demonstra uma mudança de postura por parte da Synthos (zhudifeng/ThinkStock)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2015 às 09h21.

Porto Alegre - A empresa polonesa Synthos, que produz borracha sintética, decidiu dar a largada na implantação de uma fábrica no Brasil mesmo sem ter a confirmação do fornecimento de matéria-prima, que depende de uma negociação ainda em aberto entre a Braskem e a Petrobrás.

Na semana passada, diretores da Synthos assinaram um protocolo de intenções com o governo do Rio Grande do Sul prevendo um investimento de até R$ 640 milhões na instalação de uma unidade no Polo Petroquímico de Triunfo, a 80 km de Porto Alegre.

De acordo com Maurênio Stortti, que responde pelo projeto de engenharia da fábrica e foi nomeado representante legal da Synthos no RS, o objetivo é começar a obra em abril.

"Estamos esperando que o governo estadual emita a licença de instalação, o que deve ocorrer em quinze dias", afirmou. A previsão é de que em julho de 2017 a planta estará pronta para produzir borracha para a indústria automotiva nacional.

A iniciativa demonstra uma mudança de postura por parte da Synthos, que nos últimos meses vinha mantendo o projeto em compasso de espera.

O principal empecilho era a incerteza com relação à principal matéria-prima da Synthos, o butadieno, que seria comprado da unidade da Braskem localizada também em Triunfo.

Para viabilizar esse fornecimento, no entanto, a petroquímica brasileira precisa concluir a negociação com a Petrobrás sobre o preço da nafta, usada para produzir o butadieno.

O pontapé inicial no projeto brasileiro da Synthos se dá em um momento em que Braskem e Petrobrás seguem em fase de negociação. O último acordo entre as companhias vigorou entre 2009 e fevereiro de 2014.

Como não chegaram a um consenso, uma vez que a estatal queria fazer um reajuste, as companhias firmaram um contrato aditivo, válido por seis meses. O prazo venceu em agosto, e um segundo aditivo, assinado na época, vencerá no fim do próximo mês.

Procurada, a Braskem informou que "busca um contrato de longo prazo de fornecimento de nafta com a Petrobrás". De acordo com o representante da empresa polonesa, no momento o maior obstáculo para o andamento da obra é outro.

A empresa alemã Lanxess, que fabrica borracha sintética no Brasil, protocolou em Brasília um pedido de investigação de dumping contra fabricantes que exportam o produto para o País, como a Synthos.

A investigação não diz respeito somente à Synthos, mas a companhia foi citada. "Se o processo avançar, prejudicando as exportações da Synthos, pode também prejudicar o investimento no Brasil", explicou.

Os diretores da empresa pediram apoio do governo estadual para tratar da questão em Brasília. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Porto Alegre - A empresa polonesa Synthos, que produz borracha sintética, decidiu dar a largada na implantação de uma fábrica no Brasil mesmo sem ter a confirmação do fornecimento de matéria-prima, que depende de uma negociação ainda em aberto entre a Braskem e a Petrobrás.

Na semana passada, diretores da Synthos assinaram um protocolo de intenções com o governo do Rio Grande do Sul prevendo um investimento de até R$ 640 milhões na instalação de uma unidade no Polo Petroquímico de Triunfo, a 80 km de Porto Alegre.

De acordo com Maurênio Stortti, que responde pelo projeto de engenharia da fábrica e foi nomeado representante legal da Synthos no RS, o objetivo é começar a obra em abril.

"Estamos esperando que o governo estadual emita a licença de instalação, o que deve ocorrer em quinze dias", afirmou. A previsão é de que em julho de 2017 a planta estará pronta para produzir borracha para a indústria automotiva nacional.

A iniciativa demonstra uma mudança de postura por parte da Synthos, que nos últimos meses vinha mantendo o projeto em compasso de espera.

O principal empecilho era a incerteza com relação à principal matéria-prima da Synthos, o butadieno, que seria comprado da unidade da Braskem localizada também em Triunfo.

Para viabilizar esse fornecimento, no entanto, a petroquímica brasileira precisa concluir a negociação com a Petrobrás sobre o preço da nafta, usada para produzir o butadieno.

O pontapé inicial no projeto brasileiro da Synthos se dá em um momento em que Braskem e Petrobrás seguem em fase de negociação. O último acordo entre as companhias vigorou entre 2009 e fevereiro de 2014.

Como não chegaram a um consenso, uma vez que a estatal queria fazer um reajuste, as companhias firmaram um contrato aditivo, válido por seis meses. O prazo venceu em agosto, e um segundo aditivo, assinado na época, vencerá no fim do próximo mês.

Procurada, a Braskem informou que "busca um contrato de longo prazo de fornecimento de nafta com a Petrobrás". De acordo com o representante da empresa polonesa, no momento o maior obstáculo para o andamento da obra é outro.

A empresa alemã Lanxess, que fabrica borracha sintética no Brasil, protocolou em Brasília um pedido de investigação de dumping contra fabricantes que exportam o produto para o País, como a Synthos.

A investigação não diz respeito somente à Synthos, mas a companhia foi citada. "Se o processo avançar, prejudicando as exportações da Synthos, pode também prejudicar o investimento no Brasil", explicou.

Os diretores da empresa pediram apoio do governo estadual para tratar da questão em Brasília. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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