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Poços pendentes da Petrobras devem entrar em operação nesse semestre

Atrasos na entrada de poços comprometeram o atendimento da meta de produção em 2011, segundo a empresa

Sérgio Gabrielli e Graça Foster, atual presidente da Petrobras: em 2011, apesar de ter produzido um recorde no país, a estatal fechou o ano com produção 3,7% abaixo da meta (Agência Petrobras/Divulgação)

Sérgio Gabrielli e Graça Foster, atual presidente da Petrobras: em 2011, apesar de ter produzido um recorde no país, a estatal fechou o ano com produção 3,7% abaixo da meta (Agência Petrobras/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2012 às 11h40.

São Paulo – Dos 16 poços que a Petrobras esperava que entrassem em operação no último trimestre de 2011, somente nove efetivamente iniciaram a produção. Desse total, quatro já entrarem em produção e o restante deve faze-lo ainda nesse semestre, segundo a Petrobras Durante o ano, os atrasos na entrada de poços comprometeram o atendimento da meta de produção em 2011, segundo a empresa.

Em 2011, apesar de ter produzido um recorde no país, a estatal fechou o ano com produção 3,7% abaixo da meta. A empresa ainda não divulgou a meta de produção de 2012, mas afirma que os novos projetos poderão contribuir com mais de 200.000 barris por dia em 2012. 

“Isso (a entrada em operação) deve gerar um impacto positivo no começo de 2012”, afirmou Almir Guilherme Barbassa, diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobras, em audioconferência com analistas e investidores.

Reservas

O índice de crescimento das reservas vem sendo positivo nos últimos 20 anos, segundo a Petrobras. Em 2011, a atividade exploratória registrou índice de sucesso de 59%, com descobertas no pré-sal e no pós sal. O custo de descoberta foi de 1,56 dólares o barril - a média esperada para 2012 é na faixa de 2 dólares por barril.

O pré-sal contribuiu com mais de 214.000 barris por dia. “O pré-sal tem sido a grande alavanca de crescimento da nossa produção e vai ser cada vez mais”, disse Barbassa.A empresa fez descobertas no pré-sal e no pós-sal em 2011, nas bacias de Campos, Santos e do Espírito Santo.  A empresa investiu 9 bilhões de reais em exploração em 2011 e prevê investir 10,1 bilhões de reais em 2012. 

Nos últimos três anos, o custo de extração cresceu 4 reais. O preço do petróleo cresceu 26 reais no mesmo período. A participação do custo de extração no preço realizado passou de 17% em 2009 para 13% em 2011. O lucro líquido passou de 25% para 33% e o custo exploratório caiu de 23% para 16%. 

Investimentos

Em 2011, a Petrobras registrou uma queda de 5,3% em seu lucro líquido em relação ao valor de 2010. No último ano sob o comando de José Sergio Gabrielli, a estatal lucrou 33,313 bilhões de reais. O lucro operacional de 2011, de 45,4 bilhões de reais, foi 2% inferior ao de 2010, refletindo o aumento nas despesas operacionais, segundo a Petrobras.


A receita de vendas aumentou em 2011, por causa de maiores vendas e maiores preços, mas o custo do produto vendido absorveu quase todo esse crescimento, segundo Barbassa. “O resultado divergiu bastante do que era esperado”, disse o diretor, para quem a variação de custos entre quarto e terceiro trimestre de 2011 pode ter sido causada pelo efeito da depreciação cambial média sobre os custos, pela participação de importados nas vendas, que passou de 28% para 32%, pela formação de estoques no exterior, pela desconsolidação das controladas em conjunto, pelos poços secos, pela perda na recuperação de ativos e pela depreciação extemporânea. 

A Petrobras prevê investimentos de 87,5 bilhões de reais em 2012, sendo 48% em exploração e produção; 38% no abastecimento – ambos com crescimento de 1% em relação a 2011. Outros, internacional e gás e energia terão cerca de 5% dos 87,5 bilhões de reais, cada. 

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