Negócios

Plataforma da Petrobras que pegou fogo na Bacia de Campos volta a operar

A autorização foi dada ontem, após vistoria dos técnicos da superintendência, quando ficou constatado não haver mais risco grave e iminente no ambiente laboral

Por enquanto, a unidade produzirá apenas um terço da capacidade de extração diária, que é de 9,3 mil barris (Bruno Veiga/Divulgação)

Por enquanto, a unidade produzirá apenas um terço da capacidade de extração diária, que é de 9,3 mil barris (Bruno Veiga/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2011 às 22h06.

Rio de Janeiro - A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Rio de Janeiro (SRTE), órgão do Ministério do Trabalho, autorizou a Petrobras a recolocar em operação parcial a Plataforma Cherne 2, na Bacia de Santos. A autorização foi dada ontem (17), após vistoria dos técnicos da superintendência, no último dia 14, quando ficou constatado não haver mais “risco grave e iminente no ambiente laboral”.</p>

Segundo informações da Petrobras à Agência Brasil, Cherne 2 retomou hoje (18) a produção e está extraindo 3 mil barris de petróleo. Para a extração, está sendo usado o sistema auxiliar de transferência de óleo, uma vez que o sistema principal continua interditado pela Justiça do Trabalho desde o incêndio ocorrido no dia 19 de janeiro, que provocou a suspensão das operações.

Com essa limitação, a unidade produzirá apenas um terço da capacidade de extração diária, que é de 9,3 mil barris. “A capacidade total da unidade será atingida após a parada [da plataforma] para manutenção, ainda em fevereiro”, informou a Petrobras.

O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) informou à Agência Brasil que outras unidades da estatal estão operando em condições inadequadas. Segundo o sindicato, a Petrobras tem apenas duas unidades de manutenção e segurança, o que seria insuficiente para promover os reparos necessários em várias das unidades de produção instalada na Bacia de Campos.

O Sindipetro-NF denuncia que há problemas de segurança em pelo menos 30 das 45 unidades de produção instaladas na Bacia de Campos, a maior província petrolífera do país e que responde por cerca de 80% de toda a produção nacional de petróleo, hoje da ordem de 2 milhões de barris por dia.

Procurada pela Agência Brasil, a Petrobras informou apenas que sempre executou "robusta política de boas práticas e de elevado rigor técnico nos aspectos relacionados a equipamentos e à capacitação de pessoal". Mas não comentou a denúncia do sindicato.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoInfraestruturaPetrobrasPetróleo

Mais de Negócios

Catarinense mira R$ 32 milhões na Black Friday com cadeiras que aliviam suas dores

Startups no Brasil: menos glamour e mais trabalho na era da inteligência artificial

Um erro quase levou essa marca de camisetas à falência – mas agora ela deve faturar US$ 250 milhões

Ford aposta em talentos para impulsionar inovação no Brasil