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Plano de dispêndios globais para Petrobras prevê R$ 399,7 bi

Só em investimentos estão previstos R$ 69,4 bilhões


	Petrobras: os valores do PDG são referentes aos dispêndios de capital
 (Vanderlei Almeida/AFP)

Petrobras: os valores do PDG são referentes aos dispêndios de capital (Vanderlei Almeida/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2014 às 13h35.

Rio - O governo federal divulgou nesta terça-feira, 30, o decreto em que detalha o Programa de Dispêndios Globais (PDG) para 2015. Pelo documento, são apresentadas as previsões de despesas orçamentárias da Petrobras, embora a companhia ainda não tenha divulgado oficialmente seu Plano de Negócios e Gestão (PNG) para o próximo ano.

De acordo com o planejamento do governo federal, a estatal irá gastar R$ 399,7 bilhões ao longo do ano entre despesas correntes e de capital. Só em investimentos estão previstos R$ 69,4 bilhões.

Os valores do PDG são referentes aos dispêndios de capital, segundo o detalhamento do decreto publicado hoje no Diário Oficial. Além dos investimentos diretos, há previsão de mais R$ 4,3 bilhões em operações de inversão financeira, as quais não estão detalhadas.

Pelo Plano de Negócios e Gestão (PNG) de 2014, divulgado em fevereiro, a companhia previa investimento médio de US$ 44 bilhões por ano até 2018.

Na última semana, a presidente da companhia, Graça Foster, já havia admitido uma "ligeira" redução no plano de investimentos em função das alterações no cenário global de petróleo, com queda no preço das cotações internacionais e maior pressão cambial.

Em comunicado divulgado ontem, a estatal informou que "está revisando seu planejamento para o ano de 2015, implementando uma série de ações voltadas para a preservação do caixa, de forma a viabilizar seus investimentos sem a necessidade de efetuar novas captações".

A companhia informou também que as medidas em análise incluem "a redução no ritmo de investimentos em projetos".

Pelo comunicado, a companhia projeta uma taxa média de câmbio de R$ 2,60 e preço médio do Brent de US$70/bbl. Hoje, entretanto, o Brent está sendo negociado a US$ 57.

A trajetória de queda da cotação internacional do petróleo, iniciada em setembro, colocou em alerta as grandes petroleiras do mundo, que passaram a revisar seus projetos.

Há desconfiança sobre a viabilidade de determinados projetos, como o pré-sal. Apesar das dúvidas, a Petrobras afirma que os investimentos são viáveis mesmo com cotações internacionais até US$ 45, embora com margem menor.

Outros gastos

O PDG divulgado hoje também indicou que a companhia poderá gastar em amortizações de dívidas e operação de crédito R$ 5,7 bilhões ao longo do ano.

Desse montante, R$ 4,8 bilhões são destinados a operações no exterior e R$ 33 milhões para operações envolvendo debêntures. Há ainda a previsão de gastos de R$ 846 milhões para operações internas.

Em relação às despesas correntes, o PDG prevê gastos com materiais e produtos de R$ 84 bilhões e outros R$ 54 bilhões em serviços terceirizados. Gastos com pessoal e encargos sociais somam R$ 19 bilhões. E encargos financeiros são R$ 5,8 bilhões.

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