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Petroleiros pedem afastamento de Parente da Petrobras

Três argumentos foram apresentados contra o presidente da estatal na representação na Procuradoria da República no Rio de Janeiro (PRRJ)

Pedro Parente: um dos argumentos envolve um possível conflito de interesse envolvendo Parente (Aaron M. Sprecher/Bloomberg)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de junho de 2017 às 13h20.

Rio - A Federação Única dos Petroleiros (FUP), representante de parte dos empregados da Petrobras, entrou com representação na Procuradoria da República no Rio de Janeiro (PRRJ) pedindo o afastamento do presidente da estatal, Pedro Parente . Para isso, apresentou três argumentos.

O primeiro deles é que, na gestão de Parente, a Petrobras abandonou o papel de indutora de desenvolvimento nacional, o que contraria as promessas de campanha eleitoral da ex-presidente Dilma Rousseff e do presidente Michel Temer.

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Argumenta também conflito de interesse, já que o executivo é sócio licenciado da administradora de recursos Prada Assessoria, administrada pela sua mulher, Lucia Hauptman.

"Terão as 20 famílias-clientes do representado renunciado publicamente a qualquer operação financeira relacionada, ainda que indiretamente, à Petrobrás?", traz a representação.

Além disso, a FUP alega que, em nome da redução do endividamento, Parente atua contra os interesses nacionais. Nesse ponto, argumenta que, na atual administração da estatal, estão ocorrendo uma "drástica redução das reservas de petróleo e gás natural à disposição da Petrobras"; a venda de ativos a valores reduzidos; a equiparação dos preços dos combustíveis aos patamares internacionais, sem que sejam observados os reflexos sociais da medida; a "amputação" de segmentos da cadeia, com a proposta de reduzir participação em refino e distribuição de derivados; e a contratação de bens e serviços no exterior, em detrimento da indústria brasileira.

A representação é assinada pelo presidente da FUP, José Maria Rangel, que, no documento, requer ainda audiência com o procurador chefe no Estado do Rio de Janeiro, José Gomes Ribeiro Schettino, para expor os argumentos.

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