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Petrobras vai realizar capitalização de R$ 110 bi até o fim de julho, diz Estado de S. Paulo

O diretor de finanças da empresa, Almir Barbassa, teria dito que a companhia vai buscar capital mesmo que o Congresso demore para aprovar a medida

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

A Petrobras vai realizar uma operação de capitalização da ordem de 110 bilhões de reais até o fim de julho, mesmo que o Congresso demore para aprovar o projeto de lei que permite ao governo tomar essa medida, teria afirmado nessa sexta-feira o diretor de finanças da empresa, Almir Barbassa, em entrevista ao site do jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo o site, Barbassa disse estar confiante que os parlamentares aprovarão o projeto até o fim de maio, mas, se a aprovação não sair, eles terão que fazer a capitalização "de outro jeito".

A Petrobras espera pela aprovação do projeto porque só com essa autorização do Congresso o governo pdoerá realizar o que chama de cessão onerosa de 5 bilhões de barris de petróleo pertencentes às jazidas do pré-sal.

Esse volume pertence hoje à União, já que se encontra nas áreas ainda inexploradas do pré-sal. Por meio da cessão onerosa, porém, o governo inicialmente repassaria títulos da dívida pública à Petrobras, que usaria os papeis para pagar pelos barris e incorporá-los a seu capital.

Para garantir a capitalização até julho, o conselho da Petrobras aprovou nesta sexta-feira algumas modificações na forma como a cessão onerosa seria feita. A principal delas foi a determinação de que o preço do barril pelo qual será feita a transferência virá de uma consultoria americana especializada, a DeGolyer & McNaughton, contratada pela Petrobras.

Até essa mudança, o preço do barril seria determinado por uma certificação oficial concedida por uma empresa a ser contratada no fim de maio pelo Agência Nacional do Petróleo. A ANP abriu uma licitação na semana passada para a seleção dessa companhia, mas a certificação sobre o preço do barril só deve sair em setembro ou outubro.

Segundo Barbassa, não haverá diferença significativa de preço entre a avaliação da empresa americana e companhia vencedora da licitação, já que o maior fator de risco seria a inexistência do volume de petróleo previsto. Como a União já se comprometeu a fornecer o volume acordado mesmo que tenha que tirar o petróleo de outro reservatório, esse risco desaparece.

 

 

 

 

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