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Petrobras transpôs importante barreira, diz Bendine

O presidente da Petrobras afirmou que, com a publicação dos balanços auditados, a empresa "transpôs uma importante barreira, após um esforço coletivo"

Aldemir Bendine, presidente da Petrobras: executivo informou que a empresa irá manter o foco "nos desafios de médio e longo prazos" (Nacho Doce/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2015 às 20h33.

Rio - O presidente da Petrobras , Aldemir Bendine, incluiu uma sucinta mensagem no balanço anual da companhia na qual, basicamente, reconhece perdas com atividades suspeitas de corrupção, que estão sendo investigadas na Operação Lava Jato e informa que a estatal está implementando uma metodologia para detectar eventuais irregularidades semelhantes.

Sem citar qualquer cifra no texto de sete parágrafos, ele informa que a estatal vai reduzir seus investimentos até 2018, mas atribui o fato também à mudança no cenário internacional do setor.

Mantendo um tom otimista na carta, Bendine diz que, com a publicação dos balanços auditados nesta quarta-feira, 22 - com atraso de cinco meses - "a Petrobras transpôs uma importante barreira, após um esforço coletivo, que evidencia nossa capacidade de superação de desafios em um contexto adverso".

Concluída a divulgação dos resultados, o executivo informou que a empresa irá manter o foco "nos desafios de médio e longo prazos". O principal deles é a elaboração de um novo plano de negócios, "no qual incorporaremos premissas econômicas que refletem o cenário atualmente vivenciado pela indústria do petróleo".

Para prevenir eventuais repetições de irregularidades como as reveladas pela investigação da Polícia Federal, a companhia desenvolveu, segundo o presidente, um sistema específico. "Desenvolvemos uma metodologia para estimar os gastos adicionais frutos do esquema de pagamentos indevidos revelado pela Operação Lava Jato. As baixas referentes a esses gastos adicionais impostos por esse esquema foram reconhecidas no terceiro trimestre de 2014", disse, na carta.

Adicionalmente, afirmou o executivo, mudanças no contexto dos negócios da Petrobras, em função do declínio dos preços do petróleo, apreciação do dólar e necessidade de reduzir o nível de endividamento, estimularam uma revisão das perspectivas futuras e, consequentemente, "levaram à necessidade de redução no ritmo de nossos investimentos".

"Como resultado, a companhia decidiu postergar a conclusão de alguns ativos e projetos inclusos em seu plano de negócios 2014-2018. Essas postergações geraram impactos nos testes de impairment, cujas perdas foram reconhecidas no quarto trimestre de 2014", diz o texto.

"Estamos revendo nossos investimentos com o objetivo de priorizar a área de exploração e produção de petróleo e gás, nosso segmento mais rentável. Almejamos construir um plano sustentável sob a ótica do fluxo de caixa, levando em consideração os potenciais impactos na cadeia de suprimentos e, por conseguinte, na nossa curva de produção." Em 2014, os investimentos da estatal somaram R$ 87,140 bilhões, queda de 17% sobre 2013.

Bendine termina a carta afirmando que a Petrobras se manterá "rentável e eficiente, com significativos aprimoramentos em sua governança corporativa e cada vez mais centrada em retornos para seus acionistas e investidores".

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Rio - O presidente da Petrobras , Aldemir Bendine, incluiu uma sucinta mensagem no balanço anual da companhia na qual, basicamente, reconhece perdas com atividades suspeitas de corrupção, que estão sendo investigadas na Operação Lava Jato e informa que a estatal está implementando uma metodologia para detectar eventuais irregularidades semelhantes.

Sem citar qualquer cifra no texto de sete parágrafos, ele informa que a estatal vai reduzir seus investimentos até 2018, mas atribui o fato também à mudança no cenário internacional do setor.

Mantendo um tom otimista na carta, Bendine diz que, com a publicação dos balanços auditados nesta quarta-feira, 22 - com atraso de cinco meses - "a Petrobras transpôs uma importante barreira, após um esforço coletivo, que evidencia nossa capacidade de superação de desafios em um contexto adverso".

Concluída a divulgação dos resultados, o executivo informou que a empresa irá manter o foco "nos desafios de médio e longo prazos". O principal deles é a elaboração de um novo plano de negócios, "no qual incorporaremos premissas econômicas que refletem o cenário atualmente vivenciado pela indústria do petróleo".

Para prevenir eventuais repetições de irregularidades como as reveladas pela investigação da Polícia Federal, a companhia desenvolveu, segundo o presidente, um sistema específico. "Desenvolvemos uma metodologia para estimar os gastos adicionais frutos do esquema de pagamentos indevidos revelado pela Operação Lava Jato. As baixas referentes a esses gastos adicionais impostos por esse esquema foram reconhecidas no terceiro trimestre de 2014", disse, na carta.

Adicionalmente, afirmou o executivo, mudanças no contexto dos negócios da Petrobras, em função do declínio dos preços do petróleo, apreciação do dólar e necessidade de reduzir o nível de endividamento, estimularam uma revisão das perspectivas futuras e, consequentemente, "levaram à necessidade de redução no ritmo de nossos investimentos".

"Como resultado, a companhia decidiu postergar a conclusão de alguns ativos e projetos inclusos em seu plano de negócios 2014-2018. Essas postergações geraram impactos nos testes de impairment, cujas perdas foram reconhecidas no quarto trimestre de 2014", diz o texto.

"Estamos revendo nossos investimentos com o objetivo de priorizar a área de exploração e produção de petróleo e gás, nosso segmento mais rentável. Almejamos construir um plano sustentável sob a ótica do fluxo de caixa, levando em consideração os potenciais impactos na cadeia de suprimentos e, por conseguinte, na nossa curva de produção." Em 2014, os investimentos da estatal somaram R$ 87,140 bilhões, queda de 17% sobre 2013.

Bendine termina a carta afirmando que a Petrobras se manterá "rentável e eficiente, com significativos aprimoramentos em sua governança corporativa e cada vez mais centrada em retornos para seus acionistas e investidores".

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