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Petrobras tem votação fora de época para novo Conselho nesta sexta

Com renúncia de conselheiro eleito em abril, que afirmou haver problemas naquela votação, petroleira pode ter novo "desenho" em grupo de conselheiros

Sede da Petrobras (PETR3) (Sergio Moraes/Reuters)

Sede da Petrobras (PETR3) (Sergio Moraes/Reuters)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 27 de agosto de 2021 às 06h00.

Última atualização em 27 de agosto de 2021 às 06h35.

Quando o atual presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, foi eleito pela União como um novo membro do Conselho de Administração da petroleira, todos os acionistas estavam reunidos em assembleia e também elegeram novos membros para o Conselho, mas controversas nesta votação fizeram com que um dos membros eleitos renunciasse.

Marcelo Gasparino saiu do grupo em abril afirmando que havia um erro na distribuição dos votos. Isso porque dois manuais como regras de votos foram distribuídas aos acionistas: um da Petrobras e outro de agências prestadores de serviços para acionistas estrangeiros.

Com isso, a eleição que podia garantir até dois conselheiros representando os acionistas minoritários dentro do grupo de 11 elegeu apenas Marcelo, que decidiu renunciar para garantir uma nova eleição, já que o colegiado foi formado por um modelo chamado voto múltiplo. Assim, com a renúncia, uma nova votação está marcada para esta sexta-feira, 27.

Como adiantado pelo Exame IN, a petroleira poderá ter um número recorde de representantes no conselho de administração eleitos pelos acionistas minoritários com essa nota eleição. Em vez dos atuais três, eles podem subir para cinco.

Isso porque existe a possibilidade de três nomes indicados por investidores de mercado serem eleitos, o próprio Marcelo Gasparino, Pedro Medeiros e Juca Abdalla. Assim, a União precisaria aumentar o tamanho do grupo para 13.

Neste cenário, seriam sete representantes do Governo, cinco de minoritários e mais o representante escolhido pelos trabalhadores.

O ano de 2020 tem sido de emoções para a Petrobras. Em janeiro, em meio a diversas altas nos preços dos combustíveis, o ex-presidente da companhia foi demitido pelo presidente da República Jair Bolsonaro, o que colocou em cheque o compromisso do governo com o saneamento das contas das estatal, que vinha focando em desinvestimentos e em reduzir sua dívida.

Nos últimos meses, porém, a continuidade na política de vendas de ativos e foco no pré-sal pela atual gestão tem feito o mercado financeiro recuperar a confiança na companhia.

 

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