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Petrobras diz que tem estoque para suportar petróleo barato

A Petrobras tem um estoque com investimentos já amortizados que permitem a ela suportar por mais dois ou três anos um cenário de baixos preços da commodity

Petrobras: esse estoque de campos daria suporte financeiro à empresa e, segundo o conselheiro, compensaria campos com custo de produção mais elevado (Acordo salgado)
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Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2016 às 15h59.

Rio de Janeiro - A Petrobras tem um estoque de campos de petróleo com investimentos já amortizados que permitem a ela suportar por mais dois ou três anos um cenário de baixos preços da commodity, estimou nesta sexta-feira o membro do Conselho de Administração da companhia Segen Estefen, um dos representantes do governo federal no colegiado.

Esse estoque de campos daria suporte financeiro à empresa e, segundo o conselheiro, compensaria campos com custo de produção mais elevado.

Segen Estefen, no entanto, não especificou quais seriam esses campos já amortizados que podem servir de colchão financeiro à companhia.

"Temos vários campos em que o custo do barril é de 50 dólares e parte ou a totalidade desses recursos já foram investidos para trás. Hoje, dar continuidade vai custar menos ou quase nada", disse ele a jornalistas.

"O problema é quando acabar esse estoque de campos em que você já investiu, e partir do zero. Aí fica mais complicado... o estoque é importante e o preço (baixo) perdurando por dois ou três anos, a Petrobras tem desenvolvimentos competitivos e que são rentáveis... Os campos amortizados dão fôlego à Petrobras para ela trabalhar mais alguns anos com rentabilidade", afirmou o conselheiro.

Se os preços e tecnologia atuais se mantiverem pelos próximos 10 anos, a produção do pré-sal "terá problemas" e "por isso temos que atacar a causa na raiz", afirmou o conselheiro.

"Temos que ter tecnologia, formas inovadoras de você colocar o preços em padrões rentáveis. As provedoras de equipamentos e serviços também têm que tirar a gordura do sistema, além de haver a necessidade de se fazer uma revolução tecnológica", afirmou ele a jornalistas após um evento no Rio de Janeiro.

A Petrobras anunciou esta semana uma reestruturação que inclui redução de cargos, funções e gerências que podem proporcionar uma economia anual de até 1,8 bilhão de reais.

BR DISTRIBUIDORES

Estefen, que também acumula a presidência interina do Conselho de Administração da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, informou que no momento há quatro ou cinco nomes "de mercado" sendo analisados pela empresa para assumir a presidência-executiva da empresa de comercialização e distribuição de derivados de petróleo.

Em setembro do ano passado, o então presidente da BR Distribuidora, José Lima de Andrade Neto, apresentou pedido de renúncia, por motivos de saúde. Atualmente, o cargo é ocupado interinamente por Ivan de Sá Pereira Junior.

A perspectiva é de que até abril o nome do novo presidente seja escolhido, segundo Estefen.

Um dos desafios apontados para a escolha seria o salário oferecido pela subsidiária, considerado mais baixo do que a média dos grandes executivos do mercado.

Segundo Segen Estefen, essa suposta barreira já está sendo equacionada e o salário não será um empecilho para a escolha do novo nome.

"Os quatro ou cinco nomes são pessoas de fora. Temos entendimentos e órgão do governo para isso (definição de salário competitivo)", acrescentou.

São Paulo – As reservas globais de petróleo provadas atingiram 1,7 trihão de barris no final de 2014, quantidade suficiente para garantir exatos 52 anos e 5 meses de produção mundial de energia . Os dados são da edição 2015 do relatório estatístico anual da BP, documento de referência para o setor. Segundo o estudo, ao longo da última década, as reservas globais de petróleo cresceram 25%. Os países da Opep continuam a dominar o ranking, controlando 71,6% das reservas mundiais. Atualmente, o Brasil aparece em 15º, com 16,2 bilhões de barris, o equivalente a 1% das reservas globais provadas de petróleo. Em 1994, essa taxa era de 5,4 bilhões de barris. Na lista geral, o país está atrás da China (1,1% das reservas), Catar (1,5%), Cazaquistão (1,8%) e Nigéria (2,2%). Veja nos slides onde estão as 10 maiores reservas de petróleo no mundo, segundo o estudo da BP, que leva em conta os dados de 2014, os mais recentes disponíveis.
  • 2. 1º - Venezuela

    2 /12(Getty Images)

  • Veja também

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  • 3. 2º - Arábia Saudita

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    Reservas provadas em 2014267 bilhões de barris
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  • 4. 3º - Canadá

    4 /12(Wikimedia Commons)

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  • 5. 4º - Iran

    5 /12(Essam Al-Sudani/AFP)

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  • 6. 5º - Iraque

    6 /12(Getty Images)

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    Reservas provadas em 2014150 bilhões de barris
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  • 7. 6º - Rússia

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    Participação mundial6,1%
    Reservas provadas em 2014103.2 bilhões de barris
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    Variação em 10 anos-2,2%
  • 8. 7º - Kuwait

    8 /12(Getty Images)

    Participação mundial6%
    Reservas provadas em 2014101.5 bilhões de barris
    Reservas provadas em 2004101.5 bilhões de barris
    Variação em 10 anosnão houve
  • 9. 8º - Emirados Árabes Unidos

    9 /12(Wikimedia Commons)

    Participação mundial5,8%
    Reservas provadas em 201497.8 bilhões de barris
    Reservas provadas em 200497.8.8 bilhões de barris
    Variação em 10 anosnão houve
  • 10. 9º - Estados Unidos

    10 /12(.)

    Participação mundial2,9%
    Reservas provadas em 201448.5 bilhões
    Reservas provadas em 200429.3 bilhões
    Variação em 10 anos65,5%
  • 11. 10º - Líbia

    11 /12(Getty Images)

    Participação mundial2,8%
    Reservas provadas em 201448.4 bilhões de barris
    Reservas provadas em 200439.1 bilhões de barris
    Variação em 10 anos23,8%
  • 12. Acima da média

    12 /12(Thinckstock)

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