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Petrobras suspende férias de alguns funcionários para enfrentar greve

medida afeta empregados com férias marcadas para a primeira quinzena de março; greve completa 17 dias nesta segunda

Petrobras: grevistas protestam contra a demissão de pelo menos 396 empregados no Paraná (Sergio Moraes/Reuters)

Petrobras: grevistas protestam contra a demissão de pelo menos 396 empregados no Paraná (Sergio Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de fevereiro de 2020 às 14h55.

A direção da Petrobras vai suspender as férias de alguns funcionários de áreas operacionais para fazer frente à greve dos petroleiros, que nesta segunda-feira, 17, completa 17 dias. A medida afeta empregados com férias marcadas para a primeira quinzena de março que atuam na exploração e produção de petróleo e gás natural, em refinarias, unidades de tratamento de gás, termelétricas e no administrativo de apoio a essas atividades.

Em texto divulgado aos funcionários na rede interna de comunicação, a direção informa que "avaliará as posições críticas em que a suspensão se faz necessária e comunicará a cada empregado". E atribui a responsabilidade da suspensão aos sindicatos que lideram a paralisação.

"A Petrobras não tem medido esforços para assegurar a normalidade de suas operações e manter o abastecimento de produtos combustíveis e geração de energia", traz o comunicado.

A greve é liderada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), que protesta, principalmente, contra a demissão de pelo menos 396 empregados da Araucária Nitrogenados (Ansa), no Paraná. A entidade sindical alega também que a direção da estatal não cumpriu alguns pontos do acordo coletivo.

O Tribunal Superior do Trabalho (TST), em linha com reivindicação da empresa, exigiu dos manifestantes a manutenção de 90% do efetivo para garantir o suprimento e a segurança das operações.

Em sua página na internet, a FUP informa que já foram mobilizados "cerca de 64% de todos os petroleiros de áreas operacionais da Petrobras e subsidiárias, em 13 Estados do País".

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