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Petrobras planeja acelerar venda de ativos em 2016

A empresa vai recorrer a agentes financeiros que ofereçam prazos mais longos e que permitam à empresa abater a dívida em dólar

Petrobras: a empresa vai recorrer a agentes financeiros que ofereçam prazos mais longos e que permitam à empresa abater a dívida em dólar (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2015 às 09h42.

Rio - A Petrobras vai continuar a buscar linhas de financiamento "atrativas" em 2016, disse o presidente da petroleira, Aldemir Bendine, em encontro com a imprensa na terça-feira, 15.

A empresa vai recorrer a agentes financeiros que ofereçam prazos mais longos e que permitam à empresa abater a dívida em dólar, como ocorreu neste ano.

Em 2015, a Petrobras conseguiu reduzir em 5% o endividamento em dólar, disse o executivo, que prometeu vender ativos em um ritmo "mais rápido" em 2016.

A melhora do perfil da dívida e a aceleração dos desinvestimentos são as duas principais ferramentas da petroleira contra a crise. Apesar da descrença do mercado, Bendine reafirmou o plano de arrecadar US$ 15,1 bilhões com a venda de ativos em 2016.

Por enquanto, o único negócio que saiu foi o repasse de 49% da Gaspetro, da área de distribuição de gás natural, por R$ 1,9 bilhão, para a japonesa Mitsui.

Mas, para assinar o contrato, a Petrobras precisa chegar a um acordo com o governo da Bahia, que entrou na Justiça para embargar a venda, com medo de que a Mitsui passe a dificultar investimentos de expansão da rede do Estado.

"Não tínhamos expectativa de fazer grandes desinvestimentos neste ano. Eles estarão concentrados no próximo ano", disse Bendine.

Estratégia

Para o executivo, a Petrobras não tem outra saída a não ser encolher. Ele diz que a melhoria da gestão e a redução dos custos internos não vão ser suficientes para reduzir o alto endividamento.

Perto de completar um ano à frente da estatal, Bendine comemorou a "confiança do mercado" em sua gestão.

O executivo, ex-presidente do Banco do Brasil, disse que todas as captações de novas dívidas com a emissão de títulos no mercado financeiro foram antecipadas em 2015 e que a empresa vai iniciar o ano com folga de caixa pela primeira vez após oito anos.

Além de ter sido afetada pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga casos de corrupção na empresa, a Petrobras teve as finanças prejudicadas pela retração do preço do petróleo no mercado internacional e pela valorização do dólar, que encarece sua dívida.

Para se adaptar a um novo cenário, a Petrobras vai enxugar investimentos. Um plano de negócios mais enxuto vai ser divulgado no início do ano que vem. A nova Petrobras deverá foco de investimento na exploração de petróleo e gás natural em águas profundas e no pré-sal .

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Rio - A Petrobras vai continuar a buscar linhas de financiamento "atrativas" em 2016, disse o presidente da petroleira, Aldemir Bendine, em encontro com a imprensa na terça-feira, 15.

A empresa vai recorrer a agentes financeiros que ofereçam prazos mais longos e que permitam à empresa abater a dívida em dólar, como ocorreu neste ano.

Em 2015, a Petrobras conseguiu reduzir em 5% o endividamento em dólar, disse o executivo, que prometeu vender ativos em um ritmo "mais rápido" em 2016.

A melhora do perfil da dívida e a aceleração dos desinvestimentos são as duas principais ferramentas da petroleira contra a crise. Apesar da descrença do mercado, Bendine reafirmou o plano de arrecadar US$ 15,1 bilhões com a venda de ativos em 2016.

Por enquanto, o único negócio que saiu foi o repasse de 49% da Gaspetro, da área de distribuição de gás natural, por R$ 1,9 bilhão, para a japonesa Mitsui.

Mas, para assinar o contrato, a Petrobras precisa chegar a um acordo com o governo da Bahia, que entrou na Justiça para embargar a venda, com medo de que a Mitsui passe a dificultar investimentos de expansão da rede do Estado.

"Não tínhamos expectativa de fazer grandes desinvestimentos neste ano. Eles estarão concentrados no próximo ano", disse Bendine.

Estratégia

Para o executivo, a Petrobras não tem outra saída a não ser encolher. Ele diz que a melhoria da gestão e a redução dos custos internos não vão ser suficientes para reduzir o alto endividamento.

Perto de completar um ano à frente da estatal, Bendine comemorou a "confiança do mercado" em sua gestão.

O executivo, ex-presidente do Banco do Brasil, disse que todas as captações de novas dívidas com a emissão de títulos no mercado financeiro foram antecipadas em 2015 e que a empresa vai iniciar o ano com folga de caixa pela primeira vez após oito anos.

Além de ter sido afetada pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga casos de corrupção na empresa, a Petrobras teve as finanças prejudicadas pela retração do preço do petróleo no mercado internacional e pela valorização do dólar, que encarece sua dívida.

Para se adaptar a um novo cenário, a Petrobras vai enxugar investimentos. Um plano de negócios mais enxuto vai ser divulgado no início do ano que vem. A nova Petrobras deverá foco de investimento na exploração de petróleo e gás natural em águas profundas e no pré-sal .

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