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Petrobras prevê crescimento de exportações em 2012, apesar da crise

Companhia também não estima por muitas dificuldades para captar recursos no mercado internacional

Gabrielli: "A meta para cumprir o plano é captar entre US$ 7 bilhões e US$ 12 bilhões por ano" (Eduardo Monteiro/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2011 às 14h33.

Rio de Janeiro - O presidente da Petrobras , José Sérgio Gabrielli, afirmou nesta terça-feira que, apesar da crise econômica internacional, a empresa prevê um crescimento de exportações em 2012 e poucas dificuldades para continuar captando recursos nos mercados internacionais.

'A crise financeira internacional não é um grande problema para as empresas petrolíferas. A maioria das empresas do setor deve aumentar seus investimentos em 2012 e o mercado de combustíveis está crescendo', afirmou Gabrielli em entrevista coletiva no Rio de Janeiro.

Segundo o presidente da maior empresa brasileira, a retração no consumo de combustíveis nos Estados Unidos, Japão e Europa está sendo compensado por um crescimento significativo da demanda na China, Índia, Rússia e outros países emergentes. 'Não há previsão de que o consumo possa cair', destacou.

O Executivo também descartou que a empresa possa enfrentar dificuldades para captar os recursos que necessita para financiar seu plano de investimentos para o período 2011-2015, que é de um recorde de US$ 224,7 bilhões.

'A meta para cumprir o plano é captar entre US$ 7 bilhões e US$ 12 bilhões por ano. Em 2011, conseguimos US$ 18 bilhões. Apesar das dificuldades de acesso ao crédito, as empresas petrolíferas conseguiram recursos sem maiores problemas', ressaltou.

O diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa, esclareceu que mais da metade dos US$ 18 bilhões captados neste ano procede dos mercados externos.

'No início do ano, fizemos uma operação em dólares com a qual captamos US$ 6 bilhões e, em dezembro, lançamos bônus em euros e em libras por cerca de US$ 3,6 bilhões', afirmou Barbassa.


'Decidimos captar neste ano acima do previsto para poder navegar com tranquilidade em 2012. É lógico que os bancos europeus vão reduzir suas linhas de crédito, mas, na operação que fizemos neste mês no mercado europeu, tivemos 500 investidores interessados, muito acima da média de 200 interessados neste tipo de operações', acrescentou.

Segundo dirigentes da Petrobras, a garantia da empresa é a crescente demanda por combustíveis no Brasil. De acordo com Paulo Roberto da Costa, diretor de Abastecimento da estatal, enquanto a economia brasileira cresceu 7,5% em 2010, o consumo de combustíveis aumentou 10%.

Da mesma forma, o consumo de combustíveis no Brasil cresceu neste ano cerca de 8%, acima da previsão de 3,5% de crescimento da economia para 2011. 'No exterior, às vezes se surpreendem quando dizemos que o consumo de gasolina no Brasil subiu 18% em 2010 e 23,2% em 2011', afirmou Costa.

Ele indicou que a Petrobras espera um grande crescimento do consumo em 2012 devido tanto ao aumento da venda de carros como à prevista escassez de etanol.

'Neste ano, o consumo de gasolina no país foi de 432 mil barris por dia. Como a demanda crescerá e não temos capacidade de aumentar a produção de gasolina em 2012, o mais provável é que tenhamos de aumentar ainda mais as importações, que já saltaram de 9 mil barris diários em 2010 para 45 mil barris diários em 2011', complementou Costa.

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Rio de Janeiro - O presidente da Petrobras , José Sérgio Gabrielli, afirmou nesta terça-feira que, apesar da crise econômica internacional, a empresa prevê um crescimento de exportações em 2012 e poucas dificuldades para continuar captando recursos nos mercados internacionais.

'A crise financeira internacional não é um grande problema para as empresas petrolíferas. A maioria das empresas do setor deve aumentar seus investimentos em 2012 e o mercado de combustíveis está crescendo', afirmou Gabrielli em entrevista coletiva no Rio de Janeiro.

Segundo o presidente da maior empresa brasileira, a retração no consumo de combustíveis nos Estados Unidos, Japão e Europa está sendo compensado por um crescimento significativo da demanda na China, Índia, Rússia e outros países emergentes. 'Não há previsão de que o consumo possa cair', destacou.

O Executivo também descartou que a empresa possa enfrentar dificuldades para captar os recursos que necessita para financiar seu plano de investimentos para o período 2011-2015, que é de um recorde de US$ 224,7 bilhões.

'A meta para cumprir o plano é captar entre US$ 7 bilhões e US$ 12 bilhões por ano. Em 2011, conseguimos US$ 18 bilhões. Apesar das dificuldades de acesso ao crédito, as empresas petrolíferas conseguiram recursos sem maiores problemas', ressaltou.

O diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa, esclareceu que mais da metade dos US$ 18 bilhões captados neste ano procede dos mercados externos.

'No início do ano, fizemos uma operação em dólares com a qual captamos US$ 6 bilhões e, em dezembro, lançamos bônus em euros e em libras por cerca de US$ 3,6 bilhões', afirmou Barbassa.


'Decidimos captar neste ano acima do previsto para poder navegar com tranquilidade em 2012. É lógico que os bancos europeus vão reduzir suas linhas de crédito, mas, na operação que fizemos neste mês no mercado europeu, tivemos 500 investidores interessados, muito acima da média de 200 interessados neste tipo de operações', acrescentou.

Segundo dirigentes da Petrobras, a garantia da empresa é a crescente demanda por combustíveis no Brasil. De acordo com Paulo Roberto da Costa, diretor de Abastecimento da estatal, enquanto a economia brasileira cresceu 7,5% em 2010, o consumo de combustíveis aumentou 10%.

Da mesma forma, o consumo de combustíveis no Brasil cresceu neste ano cerca de 8%, acima da previsão de 3,5% de crescimento da economia para 2011. 'No exterior, às vezes se surpreendem quando dizemos que o consumo de gasolina no Brasil subiu 18% em 2010 e 23,2% em 2011', afirmou Costa.

Ele indicou que a Petrobras espera um grande crescimento do consumo em 2012 devido tanto ao aumento da venda de carros como à prevista escassez de etanol.

'Neste ano, o consumo de gasolina no país foi de 432 mil barris por dia. Como a demanda crescerá e não temos capacidade de aumentar a produção de gasolina em 2012, o mais provável é que tenhamos de aumentar ainda mais as importações, que já saltaram de 9 mil barris diários em 2010 para 45 mil barris diários em 2011', complementou Costa.

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