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Petrobras pede dispensa de ação coletiva nos Estados Unidos

A estatal pediu que juiz dispense ação coletiva de investidores sobre escândalo de corrupção, sendo que o juiz afirmou que a decisão sai em duas semanas

Petrobras: o advogado da Petrobras Roger Cooper culpou alguns indivíduos pela corrupção e disse que a companhia não pode ser responsabilizada (Dado Galdieri/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2015 às 17h47.

Nova York - A Petrobras pediu nesta quinta-feira que um juiz norte-americano dispense uma ação coletiva de investidores acerca do escândalo bilionário de corrupção na estatal.

O juiz distrital Jed Rakoff não proferiu decisão sobre o pedido da Petrobras, mas disse que o fará dentro de duas semanas.

Falando em audiência em um tribunal federal em Nova York, o advogado da Petrobras Roger Cooper culpou alguns indivíduos pela corrupção e disse que a companhia não pode ser responsabilizada pela ação deles.

Por outro lado, investidores dizem que 98 bilhões de dólares das ações e títulos da Petrobras foram inflados artificialmente pela companhia ao superestimar o valor de alguns de seus principais projetos. Eles alegam também que seria impossível que os executivos da empresa não soubessem do que se passava.

"Essa é uma ampla fraude que aconteceu por possivelmente duas décadas e todos estão pedindo que a corte e o público acreditem quando dizem 'nós não sabíamos'", disse o advogado Jeremy Lieberman, que representa os investidores. "A pergunta que nós fazemos é: eles estão falando sério?" A audiência sobre o processo, aberto em dezembro, aconteceu em meio à maior investigação de corrupção na história brasileira, no que, segundo autoridades, é um esquema que ocorreu por anos, envolvendo fixação de preços, subornos e propinas a políticos.

Promotores acusaram dezenas de executivos de alto escalão de diversas empresas brasileiras, causando tremores na economia do país e minando a popularidade da presidente Dilma Rousseff.

O juiz fez vários questionamentos durante a audiência, mas não deu indicativos sobre a tendência de sua decisão.

Cooper disse a Rakoff que a companhia não sabia da fraude alegada, mesmo com alguns altos executivos estando envolvidos.

"O conhecimento desses co-conspiradores não pode ser imputado à empresa", disse ele.

Em nota ao mercado, a Petrobras disse que "após ouvir as sustentações orais das partes, o juiz informou que emitirá a sua decisão.... oportunamente".

Um fundo de pensão britânico, o Universities Superannuation Scheme, está liderando os autores da ação, que busca ressarcimento em nome de qualquer um que tenha comprado recibos norte-americanos de ações ou títulos da Petrobras entre janeiro de 2010 e março de 2015.

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Nova York - A Petrobras pediu nesta quinta-feira que um juiz norte-americano dispense uma ação coletiva de investidores acerca do escândalo bilionário de corrupção na estatal.

O juiz distrital Jed Rakoff não proferiu decisão sobre o pedido da Petrobras, mas disse que o fará dentro de duas semanas.

Falando em audiência em um tribunal federal em Nova York, o advogado da Petrobras Roger Cooper culpou alguns indivíduos pela corrupção e disse que a companhia não pode ser responsabilizada pela ação deles.

Por outro lado, investidores dizem que 98 bilhões de dólares das ações e títulos da Petrobras foram inflados artificialmente pela companhia ao superestimar o valor de alguns de seus principais projetos. Eles alegam também que seria impossível que os executivos da empresa não soubessem do que se passava.

"Essa é uma ampla fraude que aconteceu por possivelmente duas décadas e todos estão pedindo que a corte e o público acreditem quando dizem 'nós não sabíamos'", disse o advogado Jeremy Lieberman, que representa os investidores. "A pergunta que nós fazemos é: eles estão falando sério?" A audiência sobre o processo, aberto em dezembro, aconteceu em meio à maior investigação de corrupção na história brasileira, no que, segundo autoridades, é um esquema que ocorreu por anos, envolvendo fixação de preços, subornos e propinas a políticos.

Promotores acusaram dezenas de executivos de alto escalão de diversas empresas brasileiras, causando tremores na economia do país e minando a popularidade da presidente Dilma Rousseff.

O juiz fez vários questionamentos durante a audiência, mas não deu indicativos sobre a tendência de sua decisão.

Cooper disse a Rakoff que a companhia não sabia da fraude alegada, mesmo com alguns altos executivos estando envolvidos.

"O conhecimento desses co-conspiradores não pode ser imputado à empresa", disse ele.

Em nota ao mercado, a Petrobras disse que "após ouvir as sustentações orais das partes, o juiz informou que emitirá a sua decisão.... oportunamente".

Um fundo de pensão britânico, o Universities Superannuation Scheme, está liderando os autores da ação, que busca ressarcimento em nome de qualquer um que tenha comprado recibos norte-americanos de ações ou títulos da Petrobras entre janeiro de 2010 e março de 2015.

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