Negócios

Petrobras vende ativos por US$587 mi e não cumpre meta

O programa de desinvestimentos da estatal no biênio 2015/16 chegou a 13,6 bilhões de dólares

Petrobras: estatal elevará o objetivo de venda de ativos para o biênio 2017/18 para 21 bilhões de dólares (Tânia Rêgo/Agência Brasil/Reuters)

Petrobras: estatal elevará o objetivo de venda de ativos para o biênio 2017/18 para 21 bilhões de dólares (Tânia Rêgo/Agência Brasil/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 28 de dezembro de 2016 às 20h18.

Última atualização em 28 de dezembro de 2016 às 21h56.

A Petrobras fechou nesta quarta-feira a venda de mais dois ativos por um valor total de 587 milhões de dólares, mas ainda assim não conseguiu cumprir a meta de desinvestimentos para o biênio 2015/16, obrigando a estatal a elevar o objetivo para os anos de 2017 e 2018.

As parcerias e desinvestimentos fechados desde 2015 somaram 13,6 bilhões de dólares, ante meta para o período de 15,1 bilhões de dólares.

A diferença de 1,5 bilhão de dólares será automaticamente incorporada à meta do biênio 2017/2018, que sobe para 21 bilhões de dólares, disse a empresa em comunicado.

A Petrobras atribuiu o descumprimento do planejamento a uma decisão judicial liminar da Justiça de Sergipe que impediu a conclusão de tratativas para venda dos campos Tartaruga Verde e Baúna, que seriam negociados com a australiana Karoon Gas Australia.

De acordo com a estatal brasileira, a venda desses campos "já estava em estágio avançado de negociação".

Os desinvestimentos da Petrobras, que deverão somar 34,6 bilhões de dólares entre 2015 e 2018, fazem parte do plano estratégico da companhia, que foca na redução de seu elevado endividamento.

Últimos negócios

A Petrobras anunciou nesta quarta-feira a venda de sua fatia na Guarani ao grupo francês Tereos por 202 milhões de dólares, além da negociação da Petroquímica Suape e da Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe) para subsidiárias da mexicana Alpek por 385 milhões de dólares.

De acordo com a companhia, os dois acordos faziam parte de uma lista de cinco transações de vendas de ativos que estavam autorizadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que no início de dezembro proibiu a estatal de fechar novos desinvestimentos que não aqueles já em fase final de negociação.

O TCU exigiu que a Petrobras realize adequações nas metodologias que regem os processos de desinvestimentos.

Mas a estatal garantiu que as transações anunciadas seguiram os procedimentos necessários.

"Todas as transações foram conduzidas por meio de processo competitivo e o preço das vendas foram avaliados por diversas instituições financeiras, através de opiniões independentes sobre o valor justo (fairness opinion) e um relatório de avaliação (valuation report)", destacou a Petrobras em nota.

A Tereos, que já detinha uma fatia de 54,03 por cento na Guarani, disse em nota que está satisfeita com a compra dos 45,97 por cento da Petrobras na companhia de açúcar e etanol.

"Para a Tereos, essa aquisição é uma oportunidade para fortalecer sua presença no Brasil, líder global na produção de açúcar", afirmou o diretor-presidente da Tereos, Alexis Duval.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresas estataisPetrobras

Mais de Negócios

'E-commerce' ao vivo? Loja física aplica modelo do TikTok e fatura alto nos EUA

Catarinense mira R$ 32 milhões na Black Friday com cadeiras que aliviam suas dores

Startups no Brasil: menos glamour e mais trabalho na era da inteligência artificial

Um erro quase levou essa marca de camisetas à falência – mas agora ela deve faturar US$ 250 milhões