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Petrobras investirá R$1,6 bi na Guarani

São Paulo - A Petrobras e o grupo francês Tereos anunciaram nesta sexta-feira uma parceria estratégica que prevê investimento de 1,6 bilhão de reais da estatal na Açúcar Guarani. A Petrobras, por meio da subsidiária Petrobras Biocombustível, vai obter ao final dos investimentos 45,7 por cento da Guarani, subsidiária do Tereos, com base no preço […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h10.

São Paulo - A Petrobras e o grupo francês Tereos anunciaram nesta sexta-feira uma parceria estratégica que prevê investimento de 1,6 bilhão de reais da estatal na Açúcar Guarani. A Petrobras, por meio da subsidiária Petrobras Biocombustível, vai obter ao final dos investimentos 45,7 por cento da Guarani, subsidiária do Tereos, com base no preço por ação de 5,83 reais.

Adicionalmente, a Tereos terá a opção de investir na Guarani até 600 milhões de reais, via aumento de capital, dentro de um período de 12 meses após o ingresso da Petrobras Biocombustível na companhia sucroalcooleira.

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O negócio também marca a aguardada expansão da estatal com mais força no setor de etanol, uma vez que a Guarani é a quarta do setor de cana no Brasil.

"Para a Petrobras, este investimento está alinhado ao seu Plano de Negócios e representa um movimento significativo no seu processo de consolidação como uma empresa de energia...", diz o comunicado conjunto das três empresas.

Terceiro maior produtor de açúcar da Europa, o Grupo Tereos anunciou no final de março o agrupamento da unidade no Brasil, a Açúcar Guarani, com ativos da companhia na Europa e na região do Oceano Índico. A operação formou a Tereos Internacional, uma das maiores do setor sucroalcooleiro no mundo.


De acordo com o comunicado, o acordo estabelece que a Petrobras ingressará no capital da Guarani através de três etapas: primeiramente a Petrobras Biocombustível fará um investimento inicial de 682 milhões de reais via aumento de capital na Cruz Alta Participações S.A., controlada da Guarani.

Após a incorporação das ações da Guarani na Tereos Internacional, a Guarani se tornará uma sociedade anônima de capital fechado. Em seguida, as ações da Cruz Alta Participações serão incorporadas na Guarani, trazendo para a Petrobras Biocombustível participação societária inicial de 26,3 por cento na Guarani, explicou o comunicado.

Por fim, dentro de um período máximo de 5 anos, a Petrobras Biocombustível investirá adicionais 929 milhões de reais, via aumento de capital, de forma a atingir a participação societária de 45,7 por cento.

A Petrobras também terá o direito de realizar investimentos adicionais, via aumento de capital, que lhe confiram uma participação de até 49 por cento na Guarani.

A governança da Guarani será equilibrada entre os sócios, com três representantes de cada empresa no Conselho de Administração. Jacyr Costa Filho continua sendo o presidente da companhia.


Nova safra
A Petrobras Biocombustível, que nasceu em 2008 com planos ambiciosos para o setor, comprou a sua primeira participação em usina de cana apenas ao final do ano passado, levando 40 por cento da Total Agroindústria Canavieira, em Minas Gerais.

Na área de biocombustíveis, a Petrobras prevê investir 2,8 bilhões de dólares no período de 2009 a 2013. Para a nova safra 2010/11, a Guarani, quarta maior processadora de cana do país, prevê uma moagem de cerca de 17 milhões de toneladas de cana no Brasil, contra 13,8 milhões na temporada passada.

A empresa, que já moeu 6 por cento do volume de cana previsto, pretende produzir na atual temporada 490 milhões de litros de etanol. O acordo ocorre na esteira de um intenso processo de fusões e aquisições pelo qual passa o setor sucroalcooleiro do Brasil, visto como o mais competitivo do mundo.

Neste ano, um dos negócios mais representativos envolveu a Shell e a Cosan, que anunciaram a formação de uma joint venture. As ações da Guarani, em meio a rumores sobre a negociação, dispararam na Bovespa nesta sexta-feira, fechando com alta de 12,29 por cento. A Petrobras teve queda de 0,67 por cento, enquanto o Ibovespa recuou 0,66 por cento.

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