São Paulo - O navio-plataforma que produz e armazena petróleo (FPSO) Cidade de Santos da Petrobras entrou em operação no campo de Uruguá, através da interligação do poço Uruguá-6. O FPSO será utilizado para o desenvolvimento dos campos de Uruguá e Tambaú, localizados no Pólo Uruguá, segundo a estatal.

Os poços Uruguá-8 e Uruguá-10 também foram interligados ao FPSO, e devem iniciar a produção ainda esta semana. A expectativa da empresa é de atingir a produção de 25.000 barris por dia nesse campo. A plena capacidade de produção de óleo do campo de Uruguá deverá ser alcançada até o final deste ano, com a interligação do quarto poço de petróleo do campo em dezembro.

O navio-plataforma está ancorado a 160 quilômetros da costa, com profundidade de água de 1.300 metros, e tem capacidade para produzir 10 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural, e 35.000 barris por dia, além da capacidade de armazenar até 740.000 barris de óleo.

Uruguá e Tambaú

O campo de Uruguá possui reservatórios de petróleo leve, e de gás não-associado. O seu plano de desenvolvimento inclui quatro poços horizontais de óleo e cinco poços produtores de gás, que serão conectados diretamente ao FPSO. O campo de Tambaú possuirá três poços horizontais de gás não-associado que serão interligados a um manifold submarino de produção que estará conectado ao FPSO Cidade de Santos, segundo a empresa.

O escoamento da produção de petróleo dos campos irá ocorrer através de navios aliviadores, enquanto o escoamento do gás se dará por meio de um gasoduto já lançado, que interligará o FPSO à plataforma PMXL-1, no campo de Mexilhão. Posteriormente, o gás seguirá até a Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), localizada em Caraguatatuba (SP), onde ocorrerá a especificação do gás natural para inserção na malha de transporte. As obras na PMXL-1 e na UTGCA estão em fase final, com conclusão esperada para o segundo semestre de 2010, segundo a estatal.

A expectativa da companhia é que até o final de 2012 todos os poços de gás de Uruguá e Tambaú estejam interligados, permitindo que o FPSO Cidade de Santos atinja sua plena capacidade de produção de gás.