Negócios

Petrobras estará entre as 6 maiores em 5 anos, diz Parente

O plano de negócios anunciado pela gestão de Parente em meados de setembro é visto como importante fator para a forte alta das ações da petroleira

Pedro Parente: a estatal anunciou recentemente corte drástico de 25% em investimentos (Adriano Machado / Reuters)

Pedro Parente: a estatal anunciou recentemente corte drástico de 25% em investimentos (Adriano Machado / Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de outubro de 2016 às 18h20.

Última atualização em 4 de abril de 2017 às 14h57.

Rio de Janeiro - A Petrobras está em rota de recuperação e deverá estar entre as seis maiores petroleiras do mundo no médio prazo, mesmo com cortes recentes em planos de investimentos, disse nesta segunda-feira o presidente da estatal, Pedro Parente, na abertura da conferência internacional do setor Rio Oil & Gas.

A estatal anunciou recentemente corte drástico de 25 por cento em investimentos em seu Plano Negócios e Gestão, que incluiu também novas metas de desinvestimentos, visando reduzir a enorme dívida.

Mas, segundo Parente, com uma produção de 3,4 milhões de barris de óleo equivalente por dia estimada para daqui a cinco anos, a Petrobras estará entre as seis maiores --atualmente, a estatal produz 2,88 milhões de boed.

O plano de negócios anunciado pela gestão de Pedro Parente em meados de setembro é visto como importante fator para a forte alta das ações da petroleira neste ano, de cerca de 170 por cento.

Além disso, medidas regulatórias anunciadas pelo governo, como o fim da obrigatoriedade da Petrobras ser operadora única no pré-sal, também têm melhorado o humor do mercado em relação à petroleira.

O novo governo tem apoiado o projeto relacionado ao pré-sal, com potencial de impulsionar a exploração de petróleo no Brasil, cujo texto base foi aprovado recentemente na Câmara.

O projeto ainda alivia a necessidade de investimentos pela Petrobras.

Novo diretor da ANP

Na abertura do mesmo evento, o ministro de Minas de Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou ter convicção de que os anúncios feitos pelo governo irão contribuir para a retomada do setor de petróleo no país.

Ele disse ainda que regras sobre unitizações de áreas de petróleo, importante fator para a realização de leilões do pré-sal no ano que vem, vão ser discutidas pelo governo em dezembro.

Segundo ele, não é por acaso que as empresas que mais se recuperaram nos últimos meses são Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil.

Coelho Filho disse ainda que indicará nesta segunda-feira o nome de Décio Oddone para a diretoria-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em substituição a Magda Chambriard, que deixará o posto em breve.

A indicação de Oddone, que construiu a maior parte de carreira na Petrobras e atualmente é diretor de Projetos de Óleo e Gás da Prumo Logística, será encaminhada à Casa Civil, antes de ser enviada para aprovação na Comissão de Infraestrutura do Senado, segundo o ministro.

Questionado se Oddone é pró-mercado, o ministro afirmou que "é um nome para o momento que estamos passando".

"Não é algo para poder beneficiar a indústria de petróleo, é um momento que a gente precisa arbitrar... e harmonizar o interesse da indústria de base nacional e a indústria de petróleo, uma coisa não pode inviabilizar a outra", afirmou.

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