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Petrobras deve se beneficiar de relação com bancos, diz S&P

A agência de classificação de risco acredita que a estatal vai se beneficiar do seu bom relacionamento com os bancos privados e públicos


	Logo da Petrobras: S&P ressalta o "sólido relacionamento (da Petrobras) com os bancos domésticos"
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Logo da Petrobras: S&P ressalta o "sólido relacionamento (da Petrobras) com os bancos domésticos" (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2015 às 19h34.

Rio - A agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) acredita que a Petrobras vai se beneficiar do seu bom relacionamento com os bancos privados e públicos para ter acesso a crédito, ainda que passe por dificuldades financeiras decorrentes da Operação Lava Jato.

Em relatório sobre o impacto no sistema financeiro das investigações de um suposto esquema de corrupção na estatal, o diretor da área de Instituições Financeiras da S&P, Edgar Dias, ressalta o "sólido relacionamento (da Petrobras) com os bancos domésticos".

Mas empresas fornecedoras da Petrobras denunciadas na Lava Jato podem ter restrições no acesso ao mercado de crédito, avalia Dias. "A qualidade de crédito das empresas de engenharia e construção alvo das investigações varia e depende significativamente da diversificação da carteira de pedidos, do histórico de conclusão de obras dentro do prazo e orçamento, da capacidade de absorção de oscilações no capital de giro, da posição de caixa e das necessidades de refinanciamento de curto prazo", disse o diretor da agência.

A maior exposição, segundo o diretor da S&P, é das fornecedoras de menor porte, que têm os seus negócios concentrados na Petrobras. Isso porque as contratações pela estatal estão limitadas e também porque esse grupo de empresas tem menos flexibilidade financeira para lidar com a crise. O mesmo vale para os bancos de menor porte, que teriam carteira menos diversificada e, por isso, estão mais expostos às dificuldades pelas quais passam empresas fornecedoras da Petrobras.

No geral, a tendência, de acordo com o relatório, é que a indústria petroleira nacional continue tendo acesso ao crédito, porém, em piores condições, a custo mais alto e com mais exigência de garantias de pagamento.

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