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Petrobras descarta reajuste no curto prazo, diz Bendine

O presidente da estatal disse que não está previsto um reajuste da gasolina no curto prazo, apesar da defasagem dos valores no mercado doméstico


	Aldemir Bendine, presidente da Petrobras: política de preços realizada pela atual administração ainda não foi detalhada ao mercado
 (Valter Campanato/ABr)

Aldemir Bendine, presidente da Petrobras: política de preços realizada pela atual administração ainda não foi detalhada ao mercado (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2015 às 20h53.

Rio de Janeiro - O plano de negócios da Petrobras de 2015 a 2019 prevê a paridade de preços dos combustíveis no Brasil com o exterior, mas o presidente da estatal, Aldemir Bendine, afirmou que não está previsto um reajuste da gasolina no curto prazo, apesar da defasagem dos valores no mercado doméstico.

A política de preços realizada pela atual administração ainda não foi detalhada ao mercado, que teme que a estatal permaneça sem autonomia para decidir por reajustes, dependendo do aval do governo, seu acionista controlador, e do comportamento da inflação.

"Estamos numa margem que é muito positiva e não estamos vendo a necessidade no curto prazo de uma majoração (dos preços da gasolina)", afirmou Bendine, em coletiva de imprensa para detalhar o novo plano de negócios.

"Esse exercício é feito diariamente dentro da companhia e quando você atenua a volatilidade e vê uma tendência que há necessidade, é lógico que a empresa vai praticar aquele preço que a remunere de acordo com aquilo com o que acionista espera." Entretanto, o executivo disse que por questões estratégicas não iria detalhar quais as contas internas que a diretoria realiza para medir a necessidade de reajustes nos preços dos combustíveis. O executivo também destacou que a demanda por combustíveis está em queda.

"O mercado de derivados está em retração", afirmou Bendine.

A gasolina estava 8,7 por cento mais barata no Brasil do que no exterior em 22 de junho, segundo a atualização mais recente do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). Na mesma data, o preço do óleo diesel nas refinarias nacionais, por outro lado, estava 13,3 por cento acima do preço no Golfo do México.

DEPENDÊNCIA DAS IMPORTAÇÕES

Apesar da expansão planejada da capacidade de refino e da queda das projeções de consumo de derivados ante o esperado em 2014, a Petrobras permanecerá dependente de importações nos próximos anos.

A previsão é que as importações líquidas de derivados caiam para 250 mil barris por dia em 2018, ante os atuais 300 mil barris por dia, segundo o diretor de Abastecimento da empresa, Jorge Celestino.

A redução acontece principalmente devido a entrada em operação da segunda unidade de refino da Refinaria do Nordeste (Rnest), em Pernambuco, prevista para o fim de 2018.

A companhia ainda não tem uma data definida para início da atividade da primeira unidade de refino do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), segundo Celestino, o que deverá depender da entrada de um sócio no negócio.

O diretor da Petrobras explicou que em outubro de 2017 a Unidade de Processamento de Gás Natural do Comperj, que deverá receber grande parte do insumo do pré-sal, deve iniciar a operação.

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