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Petrobras contrata três bancos para vender ativos

A estatal está trabalhando com Citi, Bradesco e Santander para vender participações em três de suas unidades

Logotipo da Petrobras visto em refinaria em Cubatão: estatal precisa vender ativos para passar por 2015 sem acessar o mercado externo (Paulo Whitaker/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2015 às 14h47.

São Paulo - A Petrobras está trabalhando com o Citigroup Inc., o Banco Bradesco SA e o Banco Santander Brasil SA para vender participações em três de suas unidades como parte do plano de US$ 13,7 bilhões em desinvestimento, segundo seis pessoas com conhecimento direto do assunto.

O Citigroup e o Bradesco são assessores na venda de uma fatia da Petrobras Distribuidora SA (BR), disseram quatro pessoas, que pediram anonimato porque as discussões são privadas.

As ações da BR Distribuidora poderiam ser vendidas diretamente ao comprador ou por meio de uma oferta pública, disse uma das pessoas.

O Santander está trabalhando na venda da TAG, Transportadora Associada de Gás, segundo duas das pessoas. A venda da unidade de Transpetro também é avaliada, disseram três pessoas.

A Petrobras precisa vender ativos para passar por 2015 sem acessar o mercado externo, uma vez que está envolvida no maior escândalo de corrupção no Brasil.

A companhia não divulgou um balanço auditado do terceiro trimestre de 2014 e disse, em 2 de março, que o plano de desinvestimento é de US$ 13,7 bilhões para 2015-2016, o que representa um terço de seu valor de mercado.

A meta anterior era de até US$ 11 bilhões até 2018.

Uma das alternativas em discussão para a Transpetro é vender os navios da companhia e permitir que a Petrobras continue usando as embarcações após a venda por meio de contratos de afretamento, disse uma das pessoas.

Além da venda de fatia na BR Distribuidora, o Bradesco está trabalhando para auxiliar Petrobras a vender usinas de geração térmica, disseram três pessoas.

Essas usinas, em conjunto com os gasodutos, poderiam ser vendidas a fundos de investimento e de pensão que buscam fluxos de caixa de longo prazo, num momento em que as geradoras de energia do Brasil lutam para atender a demanda.

Também é avaliada a venda da operação no Golfo do México, com ajuda do BNP Paribas SA, e os postos de combustíveis na América Latina, com a assessoria do Banco Itaú BBA SA, disseram três pessoas.

O campo Papa Terra, na Bacia de Campos, está entre as áreas que a Petrobras estuda vender, disse uma das pessoas. Os campos de petróleo a serem vendidos terão Bank of America como assessor.

A lista de ativos para desinvestimento está em análise por uma equipe da estatal liderada pela gerente geral Isabela Carneiro, que responde diretamente ao novo diretor financeiro, Ivan Monteiro, e está sujeita a alterações, disseram duas pessoas.

A Petrobras, o BNP Paribas, o Bank of America, o Bradesco BBI, o Itaú BBA, o Citigroup e o Santander não quiseram comentar.

São Paulo - Nove empreiteiras foram alvo da Polícia Federal nesta sexta-feira. A sétima fase da Operação Lava Jato , que investigadesvio de 10 bilhões de reais da Petrobras , fez busca e apreensão nas empresas. Alguns executivos foram presos, para prestar depoimento sobre possível ligação com o esquema de corrupção . Veja nas fotos quais empresas estão sendo investigadas e o que dizem sobre a operação.
  • 2. Odebrecht

    2 /10(Paulo Fridman/Bloomberg)

  • Veja também

    A empresa divulgou nota em que afirma que a Polícia Federal esteve em seu escritório no Rio de Janeiro nesta sexta-feira, para cumprir mandado de busca e apreensão de documentos, expedido no âmbito das investigações sobre supostos crimes cometidos por ex-diretor da Petrobras.“A equipe foi recebida na empresa e obteve todo o auxílio para acessar qualquer documento ou informação buscada”, diz a nota da empresa.A Odebrecht afirma ainda que “está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário”.
  • 3. UTC Engenharia

    3 /10(Divulgação)

  • A empresa afirmou que “colabora desde o início das investigações e continuará à disposição das autoridades para prestar as informações necessárias”.
  • 4. OAS

    4 /10(Divulgação/PAC)

    A OAS afirmou que “foram prestados todos os esclarecimentos solicitados e dado acesso às informações e documentos requeridos pela Polícia Federal, em visita à sua sede em São Paulo”. A empresa diz ainda que “está à inteira disposição das autoridades e vai continuar colaborando no que for necessário para as investigações”.
  • 5. Engevix

    5 /10(Divulgação/ Engevix)

    Contatada por EXAME.com, a empresa afirmou apenas que “por meio dos seus advogados e executivos, prestará todos os esclarecimentos que forem solicitados”.
  • 6. Galvão Engenharia

    6 /10(Divulgação/ Galvão Engenharia)

    Em nota, a Galvão Engenharia afirmou que "tem colaborado com todas as investigações referentes à Operação Lava Jato e está permanentemente à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários".
  • 7. Queiroz Galvão

    7 /10(Divulgação)

    A empresa se manifestou através de nota:"A Queiroz Galvão reitera que todas as suas atividades e contratos seguem rigorosamente a legislação em vigor e está à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários."
  • 8. Camargo Corrêa

    8 /10(Divulgação)

    Em nota, a Camargo Corrêa disse que sempre esteve à disposição das autoridades. Veja a nota:“A Construtora Camargo Corrêa repudia as ações coercitivas, pois a empresa e seus executivos desde o início se colocaram à disposição das autoridades e vêm colaborando com os esclarecimentos dos fatos.”
  • 9. Mendes Junior

    9 /10(Divulgação)

    "O vice-presidente da Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, estava em viagem com a família na manhã desta sexta-feira (14/11). Assim que soube do mandado de prisão, tomou providências para se apresentar ainda hoje à Polícia Federal em Curitiba (PR). A Mendes Júnior está colaborando com as investigações, contribuindo para o acesso às informações solicitadas."
  • 10. Iesa

    10 /10(Divulgação IESA)

    EXAME.com não conseguiu contato com nenhum porta-voz da empresa até a publicação da reportagem.
  • Acompanhe tudo sobre:BancosBradescoCapitalização da PetrobrasCitiEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas espanholasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoPetrobrasPetróleoSantander

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